Monday, December 11, 2006

coração em si

O coração é um órgão muscular oco localizado no centro do tórax. Os lados direito e esquerdo do coração possuem uma câmara superior (átrio), que coleta o sangue, e uma câmara inferior (ventrículo), que o ejeta. Para assegurar que o sangue flua em uma só direção, os ventrículos possuem uma válvula de entrada e uma de saída.
As principais funções do coração são: o fornecimento de oxigênio ao organismo e a eliminação de produtos metabólicos (dióxido de carbono) do organismo. Em resumo, o coração realiza essas funções através da coleta do sangue com baixa concentração de oxigênio do organismo e do seu bombeamento para os pulmões, onde ele capta oxigênio e elimina o dióxido de carbono. Em seguida, o coração recebe o sangue rico em oxigênio dos pulmões e o bombeia para os tecidos do organismo.
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Função do Coração

Durante o batimento cardíaco, as câmaras cardíacas dilatam ao encherem-se de sangue – período denominado diástole – e, em seguida, elas contraem quando o coração bombeia o sangue – período denominado sístole. Os dois átrios relaxam e contraem concomitantemente, assim como os dois ventrículos.
A seguir, descreveremos como o sangue move-se através do coração. Inicialmente, o sangue proveniente do corpo, pobre em oxigênio e rico em dióxido de carbono, flui através das duas veias de maior diâmetro (as veias cavas) até o átrio direito. Ao encher, essa câmara impulsiona o sangue até o ventrículo direito. Quando este se torna repleto, ele bombeia o sangue, através da válvula pulmonar, até as artérias pulmonares, as quais suprem os pulmões.
Em seguida, o sangue flui pelos diminutos capilares que circundam os sacos aéreos (alvéolos) dos pulmões, absorvendo oxigênio e eliminando dióxido de carbono, o qual é, em seguida, é expirado. O sangue então rico em oxigênio flui através das veias pulmonares até o átrio esquerdo. Esse circuito entre o lado direito do coração, os pulmões e o átrio esquerdo é denominado circulação pulmonar.
Ao encher, o átrio esquerdo impulsiona o sangue rico em oxigênio até o ventrículo esquerdo. Quando este se torna repleto, ele bombeia o sangue, através da válvula aórtica, até a aorta, a maior artéria do corpo. Esse sangue rico em oxigênio irriga todo o organismo, exceto os pulmões.
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Vasos Sangüíneos

O restante do sistema circulatório (cardiovascular) é composto por artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias. As artérias, fortes e flexíveis, transportam o sangue do coração e suportam pressões sangüíneas mais elevadas. Sua elasticidade auxilia na manutenção de uma pressão arterial durante os batimentos.
As artérias menores e as arteríolas possuem paredes musculares que ajustam seu diâmetro a fim de aumentar ou diminuir o fluxo sangüíneo em uma determinada área. Os capilares são vasos diminutos e de paredes extremamente delgadas, os quais atuam como pontes entre as artérias e transportam o sangue para longe do coração; as veias transportam o sangue de volta para o coração.
Os capilares permitem que o oxigênio e os nutrientes passem do sangue para os tecidos e que produtos da degradação metabólica passem dos tecidos para o sangue. Eles drenam o sangue para as vênulas, as quais, por sua vez, drenam nas veias que se dirigem ao coração. Pelo fato de possuírem paredes mais finas e, em geral, de maior diâmetro que as artérias, as veias conduzem o mesmo volume de sangue com menor velocidade e sob uma pressão muito mais baixa.
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Suprimento Sangüíneo do Coração

O músculo cardíaco (miocárdio) também recebe uma parte do grande volume de sangue que flui através dos átrios e ventrículos. Um sistema de artérias e veias (circulação coronariana) irriga o miocárdio com sangue rico em oxigênio e, em seguida, retorna o sangue com baixo conteúdo de oxigênio para o átrio direito.
A artéria coronária direita e a artéria coronária esquerda originam-se da aorta para fornecer o sangue ao coração; as veias cardíacas drenam no seio coronariano, que retorna o sangue ao átrio direito. Em razão da grande pressão exercida no coração quando o órgão contrai, a maior parte do fluxo sangüíneo da circulação coronariana ocorre durante o relaxamento cardíaco entre os batimentos (durante a diástole ventricular).
Um Olhar Dentro do Coração
A incidência em secção transversal do coração mostra a direção do fluxo sangüíneo normal.
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Sintomas das Cardiopatias

Não existe um sintoma isolado que identifique de maneira inequívoca uma doença do coração (cardiopatia), mas determinados sintomas sugerem a possibilidade, e um conjunto de sintomas faz com que um diagnóstico seja estabelecido. O médico inicia o processo do diagnóstico com uma entrevista (história clínica) e um exame físico. Freqüentemente, são solicitados exames para a confirmação do diagnóstico, para a avaliação da gravidade do problema ou como auxílio no planejamento do tratamento.
Contudo, algumas vezes, mesmo uma cardiopatia grave não apresenta sintomas até atingir um estágio avançado. Check-ups de rotina ou uma consulta ao médico por qualquer outro motivo podem revelar essa cardiopatia assintomática. Os sintomas de uma cardiopatia incluem determinados tipos de dor, dificuldade respiratória, fadiga, palpitações (percepção de batimentos cardíacos lentos, rápidos ou irregulares), tontura e desmaios. Contudo, esses sintomas não indicam necessariamente uma cardiopatia: uma dor torácica pode indicar uma cardiopatia, mas pode ser também sinal de uma doença respiratória ou gastrointestinal.
Irrigação Sangüínea do Coração
Como qualquer outro tecido do corpo, o músculo do coração deve receber sangue rico em oxigênio e eliminar o sangue exaurido de oxigênio. A artéria coronária direita e a artéria coronária esquerda com seus dois ramos (a artéria circunflexa e a artéria descendente anterior esquerda) fornecem sangue ao músculo cardíaco (miocárdio). As veias cardíacas retornam o sangue ao átrio direito.
Dor
Quando a quantidade de sangue que chega aos músculos é insuficiente (condição conhecida como isquemia), a quantidade inadequada de oxigênio e o excesso de produtos da degradação metabólica causam câimbras. A angina – uma sensação de aperto ou de compressão torácica – é decorrente da insuficiência do suprimento de sangue ao coração.
Entretanto, o tipo e o grau de dor ou de desconforto variam enormemente entre as pessoas. Alguns indivíduos com suprimento sangüíneo inadequado não apresentam dor (condição conhecida como isquemia silenciosa). Se a quantidade de sangue que flui aos outros músculos é muito pequena, particularmente aos músculos da panturrilha, o indivíduo costuma sentir uma dor tipo compressiva e fadiga na região durante a realização de exercícios (claudicação).
A pericardite – inflamação ou lesão da membrana que envolve o coração – causa uma dor que aumenta de intensidade quando o indivíduo deita e diminui na posição sentada ou reclinada para a frente. Nesse caso, o exercício não aumenta a dor e a inspiração ou a expiração pode reduzi-la ou aumentá-la, pois pode ocorrer concomitantemente uma pleurite – inflamação da membrana que envolve os pulmões.
Quando uma artéria sofre uma laceração ou ruptura, o indivíduo geralmente apresenta uma dor aguda que surge e desaparece rapidamente e pode não ter relação com a atividade física. Às vezes, as artérias principais, especialmente a aorta, são lesadas. Uma parte dilatada e saliente da aorta (aneurisma) pode apresentar um extravasamento súbito ou o seu revestimento pode apresentar uma discreta laceração, permitindo que o sangue penetre entre as camadas da aorta (dissecção da aorta).
Esses eventos produzem dor súbita e intensa intermitente, com a ocorrência de novas lesões (p.ex., lacerações) ou mesmo com o movimento do sangue fora de seu canal normal. Geralmente, a dor originária da aorta é sentida na região posterior do pescoço, entre as escápulas, ao longo das costas ou no abdômen.
A válvula localizada entre o átrio e o ventrículo esquerdos pode protruir em direção ao átrio esquerdo quando o ventrículo esquerdo contrai (prolapso da válvula mitral). Às vezes, os indivíduos com esse distúrbio apresentam episódios curtos de dor lancinante, tipo punhalada ou picada de agulha. Em geral, a dor é localizada abaixo da mama esquerda, independentemente da posição ou da atividade física da pessoa.
Dificuldade Respiratória
A dificuldade respiratória, conhecida como falta de ar, é um sintoma comum da insuficiência cardíaca. Ela é decorrente do líquido que drena para os espaços aéreos do pulmão – um distúrbio denominado congestão pulmonar ou edema pulmonar –, resultando em um processo similar ao afogamento. Nos primeiros estágios da insuficiência cardíaca, a pessoa apresenta dispnéia apenas durante o esforço físico.
À medida que a insuficiência cardíaca progride, a dispnéia ocorre em atividades cada vez menos intensas, até ocorrer mesmo em repouso. As pessoas apresentam dispnéia sobretudo ao se deitar porque o líquido espalha-se por todo o tecido pulmonar. Na posição sentada, a força da gravidade faz com que o líquido se acumule na base dos pulmões, o que não produz tanto incômodo. A dispnéia noturna é a falta de ar que ocorre à noite com o indivíduo deitado e que é aliviada pela posição sentada.
A dispnéia não é limitada às cardiopatias, podendo afetar também os indivíduos com doenças pulmonares, doenças dos músculos respiratórios ou doenças do sistema nervoso central que interferem na respiração. Qualquer distúrbio que comprometa o delicado equilíbrio normal entre o fornecimento e o consumo de oxigênio – por exemplo, a capacidade inadequada de transporte de oxigênio pelo sangue em decorrência de uma anemia ou o incremento do metabolismo geral do organismo em decorrência de uma tireóide hiperativa – pode fazer com que um indivíduo apresente dispnéia.
Fadiga
Quando o coração bombeia de forma ineficaz, o fluxo sangüíneo aos músculos pode ser inadequado durante a realização de exercícios, fazendo com que o indivíduo apresente fraqueza e cansaço. Em geral, os sintomas são sutis. Os indivíduos costumam compensar essa situação diminuindo gradualmente as atividades ou consideram os sintomam como decorrentes do envelhecimento.
Palpitação
As pessoas frequentemente não percebem o batimento cardíaco. Entretanto, em determinadas circunstâncias – por exemplo, durante o exercício vigoroso ou uma experiência emocional dramática –, mesmo os indivíduos saudáveis percebem seus batimentos cardíacos. Eles podem sentir o coração batendo forte ou rapidamente ou detectam um batimento irregular.
O médico pode confirmar esses sintomas examinando o pulso e auscultando os batimentos cardíacos com o auxílio de um estetoscópio colocado sobre o tórax. As palpitações serão consideradas anormais de acordo com as respostas a diversas questões: se elas ocorrem frente a determinados fatores ou situações, se o seu início é súbito ou gradual, qual a rapidez dos batimentos cardíacos e quanto eles parecem ser irregulares.
É mais provável que palpitações que ocorrem concomitantemente a outros sintomas (p.ex., dispnéia, dor, fraqueza e fadiga ou desmaios) sejam decorrentes de um ritmo cardíaco anormal ou de uma doença subjacente grave.
Tontura e Desmaio
O fluxo sangüíneo inadequado resultante da freqüência cardíaca ou de ritmos cardíacos anormais ou da deficiência da capacidade de bombeamento cardíaco pode causar tontura, fraqueza e desmaio. Esses sintomas também podem ser decorrentes de alguma doença cerebral ou da medula espinhal ou sua causa pode não ser grave.
Por exemplo, muitos soldados podem ter uma sensação de desmaio ao permanecerem em posição de sentido durante longos períodos, pois os músculos das pernas devem permanecer ativos para auxiliar o retorno sangüíneo ao coração. Uma emoção ou uma dor intensa, a qual ativa parte do sistema nervoso, também pode causar desmaio. Os médicos devem diferenciar o desmaio provocado por uma cardiopatia da epilepsia, na qual a perda de consciência é devida a um distúrbio cerebral.

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