Sunday, December 02, 2007

Medir a cintura abdominal ou pesar

Medir a cintura abdominal ou pesar



No Brasil, mais de 40% da população adulta apresenta sobrepeso ou obesidade, e que
em 30 anos o Brasil poderá liderar a mortalidade mundial por doenças cardiovasculares, a custos sociais impagáveis, se não houver uma conscientização de toda a sociedade em relação ao assunto. Esse perigo não se mede mais pelo índice do peso em relação a altura. Agora o principal marcador de alerta não se encontra no peso em si, mas principalmente na circunferência cintura-quadril. Quanto maior a cintura abdominal,
maior o risco de doença cardíaca. Existe um consenso médico de que o limite deve ser de 103 cm para homens e de 88 cm para mulheres. A balança cedeu lugar para medir os perigos para saúde para a fita métrica. A denominada síndrome metabólica ou adiposidade visceral, além de ser um fator de risco em si, quando associada à diabetes potencializa o risco, passando de 8,7% para 19,2%. Os aspectos étnicos também devem
ser levados em conta. Isso significa que essa medida pode nem estar alterada no caso dos
orientais, por exemplo, e por isso não se deve perder de vista os demais fatores de risco
individualmente. O acumulo de gordura na cintura abdominal é um “agravante de risco”. A atividade física é fundamental para a diminuição da cintura abdominal, como a caminhada de 60-90 minutos durante cinco dias por semana ou três sessões de caminhada de 10 minutos darão resultados iguais a uma sessão contínua de 30 minutos. Andar de bicicleta é uma alternativa mais gostosa e muito eficiente. W.Sterry e colaboradores, da Universidade Livre de Berlim afirmam que pacientes portadores de artrite e psoríase tendem a ser obesos. O mesmo ocorre com os pacientes que tem artrite reumatóide e também psoríase tem a serem obesos, além de terem todos os sinais da síndrome metabólica, com hipertensão, alterações do colesterol e resistência a insulina. Há uma relação direta quanto mais grave a artrite maior e a sua obesidade, e maior os riscos de um ataque cardíaco. Os médicos estão tentando incluir as artrites como fatores de risco cardiovascular.




Fonte :: Br J Dermatol. 2007 Oct;157(4):649-55.

Informação em uma gota de sangue

Informação em uma gota de sangue
Método desenvolvido no Brasil identifica doenças infecciosas de forma rápida e precisa


A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegyptii (foto), é uma das doenças que podem ser identificadas pelo novo método de diagnóstico (foto: USDA).
Um novo tipo de teste diagnóstico é capaz de detectar diversas doenças infecto-contagiosas em poucos minutos e a partir de uma pequena quantidade de sangue. Adaptado por uma tecnologia já existente no Brasil, o método é capaz de identificar ao todo sete doenças: malária, dengue, rubéola, leptospirose, tuberculose e leishmaniose tegumentar e visceral.

Diferentemente dos métodos convencionais, a imunocromatografia não exige a presença de especialistas e de equipamentos para a realização do diagnóstico, o que reduz o custo do processo e torna possível a realização de exames epidemiológicos em regiões carentes. A técnica deve permitir identificar doenças com mais rapidez, prevenindo doenças e aumentando as chances de recuperação dos pacientes.

O desenvolvimento do teste é realizado pelo consórcio feito entre as Universidades Federais de Minas Gerais (UFMG) e de Goiás (UFG) e a empresa paulista Biotecnologia Industrial (BTI). Segundo o bioquímico Alfredo de Miranda Góes, coordenador da pesquisa no Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, “a imunocromatografia serve como um método de triagem [identificação e seleção de pacientes] para regiões que não dispõem de postos de saúde, como algumas localidades da Amazônia”. Góes acrescenta que a técnica também pode ser adotada na identificação de doenças entre doadores de sangue, em inquéritos populacionais e na prevenção de doenças transmitidas de gestantes aos fetos.

O procedimento usado no novo método de diagnóstico é semelhante ao realizado em fitas de testes de gravidez. Uma pequena quantidade do sangue do paciente é colocada sobre uma membrana de nitrocelulose, impregnada de proteínas que mobilizam facilmente a reação do anticorpo ao antígeno e que contém, além de outros reagentes, os antígenos específicos de cada doença. Em seguida, um anticorpo marcado para servir como corante é adicionado à reação, de maneira que a fita mude de cor caso o paciente tenha uma das doenças detectáveis pelo teste.

Um mesmo kit diagnóstico que utiliza a imunocromatografia pode ser empregado na detecção de uma ou mais doenças. Para isso, é necessário impregnar a membrana de nitrocelulose com os antígenos específicos das doenças a serem identificadas e em seguida os anticorpos responsáveis pela coloração da reação.

Diagnóstico rápido
A técnica brasileira apresenta vantagens em relação ao método Elisa, comumente utilizado no diagnóstico de doenças infecciosas. A imunocromatografia não depende de instalações específicas, enquanto o Elisa requer diversas etapas metodológicas elaboradas de análise sangüínea, que só pode ser feita em laboratórios bem equipados. Essa análise leva cerca de quatro horas para ficar pronta, a um custo que vai de 100 a 300 reais. O método brasileiro, por sua vez, permite obter um diagnóstico em dez minutos ou menos, por um custo máximo de 30 reais, se utilizado apenas para identificar uma única doença.

No entanto, Alfredo Góes ressalta que testes como o Elisa não devem ser descartados. “A técnica que desenvolvemos é qualitativa e não quantitativa, ou seja, conseguimos identificar quais foram os anticorpos acionados pelos antígenos específicos, mas não sabemos dizer a quantidade de anticorpos responsáveis por aquele efeito”.

O método ainda está em desenvolvimento, com perspectiva de introdução no mercado a partir de 2010. Em princípio, ele será comercializado pela BTI, que terá os direitos de produção e de distribuição comercial.

Atualmente, cerca de 80% do material utilizado na produção dos testes é importado. O consórcio entre a UFMG, a UFG e a BIT pretende produzir integralmente no Brasil os antígenos e anticorpos usados na reação. Quando isso acontecer, acredita Góes, não mais serão necessários os processos de readaptação dos testes importados às condições de temperatura e umidade de um país tropical.

No futuro, os antígenos associados a cada doença poderão ainda ser produzidos por técnicas de biologia molecular. “Isso permitirá que os antígenos sejam mais puros do que os utilizados em kits importados e dará ao teste maior precisão”, ressalta o bioquímico.


Rachel Rimas
Ciência Hoje On-line
06/11/2007

Por que algumas crianças são tão bravas?

29 de novembro de 2007
Por que algumas crianças são tão bravas?
Novo estudo indica que os bebês nascem com tendências violentas que a maioria – felizmente – aprende a controlar
por Nikhil Swaminathan

FALTA DE BONS MODOS: Um pesquisador canadense sugere que todas as crianças têm uma tendência à agressividade desde a primeira infância. Mas graças à socialização, elas aprendem a se comunicar por de outras maneiras.
Não, não são os desenhos animados que fazem as crianças serem agressivas com os coleguinhas, ou agarrar com violência os brinquedos dos outros, De acordo com uma nova pesquisa, o que falta na verdade é habilidade social.

"Trata-se de um comportamento natural, e é surpreendente que a idéia de que crianças e os adolescentes aprendem a se tornar agressivos com a mídia ainda seja relevante” diz Richard Tremblay, professor de pediatria, psiquiatria e psicologia da University of Montreal, que passou mais de duas décadas analisando 35 mil crianças canadenses (desde os cinco meses até os 20 anos de idade), em busca das raízes da agressão física. “O jovem é claramente agressivo antes de ter contato com a televisão” afirma Tremblay.

Os resultados preliminares de Tremblay apontam que, em média, as crianças atingem o pico do comportamento violento (mordendo, arranhando, gritando, batendo) no 18º mês de vida. O nível de agressão começa a declinar entre os dois e cinco anos de idade, assim que eles começam a aprender outros meios mais sofisticados de comunicar seus desejos e vontades.

“Estamos tentando descobrir até que ponto os indivíduos com agressividade crônica mostram diferenças em termos de expressão genética, comparados àqueles com uma trajetória normal”, explicou Tremblay. “As pessoas cronicamente agressivas possuem mais genes não expressados”. O fato é que um gene pode ser silenciado, ou o nível de proteína codificada por ele pode ser reduzido. “Isso indica que o problema está localizado em um nível muito básico”, completa.
Quando uma criança começa a cutucar, beliscar ou mesmo dar uns tapas, os pais, professores e irmãos geralmente reagem à agressão mostrando que esse comportamento não é apropriado. Mas, ao citar alguns estudos realizados com animais, Tremblay ressalta que um ambiente inadequado desde a fase uterina pode afetar a habilidade da criança para aprender essa lição. Ele planeja incluir mulheres grávidas em seu estudo genético para determinar se o seu comportamento durante a gravidez está ligado à baixa regulagem dos genes que podem estar associados à agressão crônica.

“Nessa pesquisa extensa, medimos várias características durante a gestação e após o nascimento que podem ser bons indicadores para prognosticar a agressão crônica nas crianças”, aponta Tremblay. Segundo ele, alguns dos fatores que possivelmente influenciam o desenvolvimento neurobiológico do feto incluem o tabagismo e o alcoolismo, a má alimentação e o estresse excessivo.

Tremblay especula que os genes possuam um papel significativo. Por exemplo, genes danificados podem dificultar o domínio da linguagem nas crianças, gerando uma frustração que tende a criar uma situação em que elas se fazem ouvir por meio da violência. “Quando você não domina a linguagem” Tremblay explica, “é difícil fazer com que as pessoas entendam o que você quer”.

Kate Keenan, professora Associada de psiquiatria da University of Chicago, acha que uma nova análise genética deveria ser o próximo passo lógico no estudo de Tremblay sobre a agressão na infância. Ela acredita que o trabalho pode ajudar a descobrir perfis genéticos específicos de crianças cronicamente agressivas, o que permitirá aos pesquisadores responder questões a como “Com que antecedência é possível distinguir uma criança com essa característica e quando devemos interceder?”.

Estudo revela possível explicação para a claustrofobia

Estudo revela possível explicação para a claustrofobia

30 de novembro de 2007 (Bibliomed). De acordo com um artigo, publicado pela revista eletrônica ScienceNow, a causa para que algumas pessoas desenvolvam ataques de pânico pode estar associada a uma maior sensibilidade à diminuição das taxas de oxigênio ou aumento das taxas de gás carbônico no cérebro.

Segundo os pesquisadores da Universidade de Maastricht, na Holanda, quando o nível de gás carbônico aumenta, mesmo que em pequenas quantidades no sangue, o cérebro interpretaria como uma situação de sufocamento, instalando, assim, um ataque de pânico e a sensação iminente de morte.

A descoberta foi feita a partir de um estudo, no qual voluntários sadios foram instruídos a inalar profundamente quatro tipos diferentes de ar, contendo quantidades diferenciadas de gás carbônico (9%; 17,5%; 35% ou 0%). Após isso, esses participantes relataram o que sentiam e em que intensidade, numa escala de 1 a 100.

Os resultados encontrados vão além da constatação científica sobre o pânico. Eles estabelecem que poderá haver uma nova rota para o desenvolvimento de medicamentos contra ansiedade. Poderão inclusive auxiliar no tratamento de pacientes com asma e enfisema, que sofrem de transtorno do pânico. Entretanto, novos e mais aprofundados estudos sobre o tema deverão ser realizados para essa empreitada.

Fonte: ScienceNow Daily News (October 2007)

Quem está estressado deve prestar atenção nos alimentos que consome diariamente

Quem está estressado deve prestar atenção nos alimentos que consome diariamente

Da Rredação

Uma dieta adequada com vitaminas do complexo B e magnésio ameniza sintomas negativos
"Primeiramente devemos manter uma rotina nos horários de alimentação, evitando longos intervalos entre uma refeição e outra. Seguir uma dieta saudável e balanceada evita a predisposição do organismo ao estresse" Considerada a doença dos tempos modernos, o estresse atinge homens, mulheres, idosos e crianças, sendo reflexo da correria do dia-a-dia e da agitação da população das grandes metrópoles. O trânsito, a instabilidade no emprego, a violência, entre outras preocupações, geram momentos quase que diários de nervosismo.

Apesar de ser considerado por muitos um estado emocional negativo, o estresse é uma importante resposta do organismo para a manutenção da vida.

Porém, é preciso aprender a lidar com esse distúrbio. Pesquisas comprovam que o estresse é um dos principais responsáveis pelo aumento de produção de colesterol, assim como pode afetar alguns hormônios, levando ao aumento na fabricação de colesterol LDL e de triglicérides. Dores de cabeça, esquecimentos, batimentos cardíacos acelerados, mau humor, choros sem motivo, músculos doloridos ou mãos frias e úmidas podem ser alguns dos sintomas.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, Dr. Durval Ribas, diminuir essas manifestações orgânicas não é impossível e para isso algumas medidas anti-stress podem ser adotadas. “Primeiramente devemos manter uma rotina nos horários de alimentação, evitando longos intervalos entre uma refeição e outra. Seguir uma dieta saudável e balanceada evita a predisposição do organismo ao estresse. Além disso, é essencial para a prevenção de contratempos como constipação, diarréia, ganho ou perda de peso”, afirma.

Ainda segundo o Dr. Ribas, as vitaminas do complexo B são as mais eficazes para restabelecer a energia e recuperar o organismo fragilizado pelos sintomas do estresse. Entre elas, as mais importantes são as vitaminas B6, B3, B1 e B12, a vitamina C, encontrada nas frutas cítricas, e o ácido fólico, encontrado em alimentos como o brócolis, a lentilha e o feijão branco. Além do magnésio, conhecido como o mineral "anti-stress", por possuir propriedades que relaxam nervos e músculos.

A ingestão de açúcar e cafeína em excesso também dispara reações desordenadas no organismo. Recomenda-se diminuir a ingestão de alimentos ricos em gordura saturada, que são de difícil digestão e interferem na atividade neural. Chá preto, café, refrigerantes de cola, bebidas alcoólicas, frituras e doces são consideradas bombas que podem desencadear ainda mais estresse.

"Quem está estressado deve prestar atenção nos alimentos que consome diariamente. É importante comer somente o suficiente, sem pressa, mastigando muito bem o alimento. Também é recomendado dar preferência à ingestão de vegetais folhosos, laranja, castanha-do-pará, peixes e frutos do mar", conclui Dr. Durval Ribas.

Intestino: O "Segundo Cérebro" e sua Influência na Saúde e Bem-Estar

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