Wednesday, November 22, 2017

Risco em 20 anos de recidiva do câncer de mama após interrupção da terapia endócrina aos 5 anos, publicado pelo NEJM


Risco em 20 anos de recidiva do câncer de mama após interrupção da terapia endócrina aos 5 anos, publicado pelo NEJM


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Risco em 20 anos de recidiva do câncer de mama após interrupção da terapia endócrina aos 5 anos, publicado pelo NEJM

Sob a coordenação de Hongchao Pan, estatístico e epidemiologista da Clinical Trial Service Unit and Epidemiological Studies Unit (CTSU), doutor em astrofísica pela Universidade de Leicester e mestre em epidemiologia pela London School of Hygiene & Tropical Medicine, o estudo foi uma meta-análise dos resultados de 88 ensaios clínicos1 envolvendo 62.923 mulheres com câncer2 de mama3 ER-positivo, que estavam livres de doença após 5 anos de terapia endócrina programada.
Os pesquisadores utilizaram análises de regressão de Kaplan-Meier e Cox, estratificadas de acordo com o ensaio e tratamento, para avaliar as associações do tamanho do tumor4, do estado dos linfonodos5 comprometidos (tendo como base a Classificação TNM, em que T=tumor4, N=linfonodo6 e M=metástase7) e de outros fatores com os resultados dos pacientes durante o período de acompanhamento de 5 a 20 anos.
Saiba mais sobre o "Câncer2 de Mama3".
Sabe-se que a administração de terapia endócrina durante 5 anos reduz substancialmente as taxas de recorrência8 durante e após o tratamento em mulheres com câncer2 de mama3 positivo para receptores de estrogênio (ER). Estender essa terapia além de 5 anos oferece proteção adicional, mas também gera efeitos colaterais9 adicionais. Obter dados sobre o risco absoluto de recorrência8 remota subsequente se a terapia for interrompida aos 5 anos pode ajudar a determinar se o tratamento deve ser estendido ou não. Com este objetivo, foi realizado o presente estudo publicado pelo periódico The New England Journal of Medicine (NEJM).
Os resultados mostraram que as recorrências10 do câncer2 de mama3 ocorreram a uma taxa constante ao longo do período de estudo de 5 a 20 anos. O risco de recorrência8 distante foi fortemente correlacionado ao estado TN original do tumor4. Entre os pacientes com doença no estágio T1, o risco de recorrência8 distante foi de 13% sem comprometimento nodal (T1N0), 20% com um a três linfonodos5 envolvidos (T1N1-3) e 34% com quatro a nove linfonodos5 envolvidos (T1N4-9). Entre aqueles com doença no estágio T2, os riscos foram de 19% com T2N0, 26% com T2N1-3 e 41% com T2N4-9.
O risco de morte por câncer2 de mama3 foi similarmente dependente do estagiamento TN, mas o risco de câncer2 de mama3 contralateral não foi. Dado o estado TN, os fatores de grau de tumor4 (disponível em 43.590 pacientes) e status de Ki-67 (disponível em 7.692 pacientes), que estão fortemente correlacionados uns aos outros, eram apenas um valor preditivo moderado e independente para recorrência8 distante, mas o status quanto ao receptor de progesterona (em 54.115 pacientes) e ao receptor do fator de crescimento epidérmico humano tipo 2 (HER2) (em 15.418 pacientes em ensaios sem uso de trastuzumab) não foi preditivo.
Durante o período de estudo de 5 a 20 anos, o risco absoluto de recorrência8 distante entre pacientes com câncer2 de mama3 T1N0 foi de 10% para doença de baixo grau, 13% para doença de grau moderado e 17% para doença de alto grau; os riscos correspondentes de qualquer recorrência8 ou câncer2 de mama3 contralateral foram 17%, 22% e 26%, respectivamente.
Concluiu-se que após 5 anos de terapia endócrina adjuvante, as recorrências10 de câncer2 de mama3 continuaram a ocorrer de forma constante ao longo do período de estudo de 5 a 20 anos. O risco de recorrência8 distante foi fortemente correlacionado ao estado TN original do tumor4, com riscos variando de 10 a 41%, dependendo do estado TN e grau tumoral.
Esta pesquisa foi financiada pela Cancer2 Research UK e outros colaboradores.
Leia também: "Ebook: informações e cuidados sobre o câncer2 de mama3" e "Câncer2 de mama3: como se preparar para uma consulta médica?"

Fonte: The New England Journal of Medicine (NEJM), volume 377, número 19, de 9 de novembro de 2017

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