McGill University faz primeiro transplante de células de ilhotas pancreáticas para tratar o diabetes tipo 1
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
O McGill University Health Centre (MUHC) realizou o primeiro
transplante de ilhotas
pancreáticas1 em Quebec, Canadá. A descoberta foi feita no MUHC após
um complexo processo de isolamento de células2 das ilhotas3 do pâncreas4 de um doador, realizado no laboratório MUHC Human Islet
Transplant Laboratory. O procedimento, que não precisa de cirurgia e reduz o
tempo de hospitalização em dez vezes, é um avanço significativo no tratamento do
diabetes5 do tipo 1 (DM1) e marca o primeiro passo no
desenvolvimento de uma rede regional de uso desta nova terapia.
O diabetes5 tipo 1 (DM1), por vezes referido como diabetes5 autoimune6 ou juvenil, resulta da incapacidade do pâncreas4 de produzir insulina7 de maneira suficiente, causando interrupção da regulação do açúcar8 no organismo. A doença não pode ser evitada e exige um controle glicêmico ao longo da vida com injeções diárias de insulina7, a fim de evitar as graves complicações da doença, tais como cegueira, acidente vascular cerebral9, insuficiência renal10 e doenças cardiovasculares11.
Para alguns pacientes, o transplante de pâncreas4 pode ser uma opção de tratamento, mas existem riscos significativos e a cirurgia muitas vezes envolve atendimento especializado em UTI (Unidade de Terapia Intensiva12) e internação hospitalar longa. Já a infusão de ilhotas3, agrupamentos de células2 pancreáticas que produzem insulina7, é uma técnica não-cirúrgica que está começando a ser explorada em alguns centros médicos universitários, como uma alternativa ao transplante do órgão inteiro. Como este novo procedimento é minimamente invasivo, ele representa uma melhoria incrível para os pacientes, bem como para o sistema de saúde13, através da redução das taxas de risco e de infecção14, redução do tempo de recuperação e de internação.
Para a paciente Zohra Nabbus, portadora de diabetes tipo 115 durante 35 anos e já com um transplante renal16 devido a complicações do diabetes17, um transplante de pâncreas4 mal sucedido e sofrendo episódios frequentes de hipoglicemia18, o transplante de células2 de ilhota pancreática mudou rapidamente a sua vida. O processo começou em maio no Human Islet Transplant Laboratory onde as células2 das ilhotas3 foram separadas a partir do pâncreas4 de um doador - um processo delicado, que exigiu anos de investimento em tecnologia e perícia médica. Dois dias mais tarde, as ilhotas3 isoladas foram infundidas no fígado19 da paciente através de um pequeno cateter, no abdômen, sem a necessidade de cirurgia. Todo o procedimento foi realizado na sala de radiologia do Glen no MUHC. Uma vez que as células2 foram transfundidas no fígado19, a paciente começou a ser monitorada. Em poucos dias, ela começou a produzir insulina7 por conta própria e após várias semanas estava completamente livre das injeções diárias de insulina7, mostrando o sucesso do novo procedimento.
O MUHC vem desenvolvendo os conhecimentos necessários para realizar esse procedimento ao longo da última década e é o único centro no leste do Canadá, e um de apenas uma dúzia na América do Norte, capaz de isolar e transplantar células das ilhotas pancreáticas20 em seres humanos. Os cientistas pretendem criar uma rede, em que as células2 das ilhotas3 sejam processadas nesta instituição para infusão em outras unidades de saúde13 de Quebec. Esta equipe do MUHC é coordenada pelo Dr. Steven Paraskevas.
Este transplante é considerado um novo tratamento no Canadá e foi avaliado para ser expandido pela MUHC’s Technology Assessment Unit, assim como pela Food and Drug Administration (FDA), nos EUA. O processo já é reconhecido como uma terapia para o diabetes5 no Reino Unido e na Europa.
Fonte: McGill University, de 23 de julho de 2015
O diabetes5 tipo 1 (DM1), por vezes referido como diabetes5 autoimune6 ou juvenil, resulta da incapacidade do pâncreas4 de produzir insulina7 de maneira suficiente, causando interrupção da regulação do açúcar8 no organismo. A doença não pode ser evitada e exige um controle glicêmico ao longo da vida com injeções diárias de insulina7, a fim de evitar as graves complicações da doença, tais como cegueira, acidente vascular cerebral9, insuficiência renal10 e doenças cardiovasculares11.
Para alguns pacientes, o transplante de pâncreas4 pode ser uma opção de tratamento, mas existem riscos significativos e a cirurgia muitas vezes envolve atendimento especializado em UTI (Unidade de Terapia Intensiva12) e internação hospitalar longa. Já a infusão de ilhotas3, agrupamentos de células2 pancreáticas que produzem insulina7, é uma técnica não-cirúrgica que está começando a ser explorada em alguns centros médicos universitários, como uma alternativa ao transplante do órgão inteiro. Como este novo procedimento é minimamente invasivo, ele representa uma melhoria incrível para os pacientes, bem como para o sistema de saúde13, através da redução das taxas de risco e de infecção14, redução do tempo de recuperação e de internação.
Para a paciente Zohra Nabbus, portadora de diabetes tipo 115 durante 35 anos e já com um transplante renal16 devido a complicações do diabetes17, um transplante de pâncreas4 mal sucedido e sofrendo episódios frequentes de hipoglicemia18, o transplante de células2 de ilhota pancreática mudou rapidamente a sua vida. O processo começou em maio no Human Islet Transplant Laboratory onde as células2 das ilhotas3 foram separadas a partir do pâncreas4 de um doador - um processo delicado, que exigiu anos de investimento em tecnologia e perícia médica. Dois dias mais tarde, as ilhotas3 isoladas foram infundidas no fígado19 da paciente através de um pequeno cateter, no abdômen, sem a necessidade de cirurgia. Todo o procedimento foi realizado na sala de radiologia do Glen no MUHC. Uma vez que as células2 foram transfundidas no fígado19, a paciente começou a ser monitorada. Em poucos dias, ela começou a produzir insulina7 por conta própria e após várias semanas estava completamente livre das injeções diárias de insulina7, mostrando o sucesso do novo procedimento.
O MUHC vem desenvolvendo os conhecimentos necessários para realizar esse procedimento ao longo da última década e é o único centro no leste do Canadá, e um de apenas uma dúzia na América do Norte, capaz de isolar e transplantar células das ilhotas pancreáticas20 em seres humanos. Os cientistas pretendem criar uma rede, em que as células2 das ilhotas3 sejam processadas nesta instituição para infusão em outras unidades de saúde13 de Quebec. Esta equipe do MUHC é coordenada pelo Dr. Steven Paraskevas.
Este transplante é considerado um novo tratamento no Canadá e foi avaliado para ser expandido pela MUHC’s Technology Assessment Unit, assim como pela Food and Drug Administration (FDA), nos EUA. O processo já é reconhecido como uma terapia para o diabetes5 no Reino Unido e na Europa.
Fonte: McGill University, de 23 de julho de 2015
NEWS.MED.BR, 2015. McGill University faz primeiro
transplante de células de ilhotas pancreáticas para tratar o diabetes tipo
1. Disponível em:
.
Acesso em: 27 ago. 2015.
Complementos
1 Ilhotas Pancreáticas:
Estruturas microscópicas irregulares constituídas por cordões de células
endócrinas espalhadas pelo PÂNCREAS entre os ácinos exócrinos. Cada ilhota é
circundada por fibras de tecido conjuntivo e penetrada por uma rede de
capilares. Há quatro tipos principais de células. As células beta, mais
abundantes (50-80 por cento) secretam INSULINA. As células alfa (5-20 por cento)
secretam GLUCAGON. As células PP (10-35 por cento) secretam o POLIPEPTÍDEO
PANCREÁTICO. As células delta (aproximadamente 5 por cento) secretam
SOMATOSTATINA.
2 Células: Unidades (ou
subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São
compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA
CELULAR.
3 Ilhotas: Grupo de células
localizadas no pâncreas responsáveis pela produção de hormônios que ajudam o
organismo a quebrar e utilizar os alimentos. Por exemplo, as células-alfa
produzem glucagon e as células-beta produzem insulina. Também chamadas de
células de Langerhans.
4 Pâncreas: Órgão nodular
(no ABDOME) que abriga GLÂNDULAS ENDÓCRINAS e GLÂNDULAS EXÓCRINAS. A pequena
porção endócrina é composta pelas ILHOTAS DE LANGERHANS, que secretam vários
hormônios na corrente sangüínea. A grande porção exócrina (PÂNCREAS EXÓCRINO) é
uma glândula acinar composta, que secreta várias enzimas digestivas no sistema
de ductos pancreáticos (que desemboca no DUODENO).
5 Diabetes: Nome que
designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais
frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes
insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins
de concentrar a urina.
6 Autoimune: 1. Relativo à
autoimunidade (estado patológico de um organismo atingido por suas próprias
defesas imunitárias). 2. Produzido por autoimunidade. 3. Autoalergia.
7 Insulina: Hormônio que
ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas
produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade
suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
8 Açúcar: 1. Classe de
carboidratos com sabor adocicado, incluindo glicose, frutose e sacarose. 2.
Termo usado para se referir à glicemia sangüínea.
9 Acidente vascular
cerebral: Conhecido popularmente como derrame cerebral, o acidente
vascular cerebral (AVC) ou encefálico é uma doença que consiste na interrupção
súbita do suprimento de sangue com oxigênio e nutrientes para o cérebro, lesando
células nervosas, o que pode resultar em graves conseqüências, como inabilidade
para falar ou mover partes do corpo. Há dois tipos de derrame, o isquêmico e o
hemorrágico.
10 Insuficiência renal:
Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são
mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal
necessita de diálise ou transplante renal.
11 Doenças
cardiovasculares: Doença do coração e vasos sangüíneos (artérias, veias
e capilares).
12 Terapia intensiva:
Tratamento para diabetes no qual os níveis de glicose são mantidos o mais
próximo do normal possível através de injeções freqüentes ou uso de bomba de
insulina, planejamento das refeições, ajuste em medicamentos hipoglicemiantes e
exercícios baseados nos resultados de testes de glicose além de contatos
freqüentes entre o diabético e o profissional de saúde.
13 Saúde: 1. Estado de
equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as
características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais
para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa
disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo
à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
14 Infecção: Doença
produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um
organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações
na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre,
queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da
reação imunológica perante o mesmo.
15 Diabetes tipo 1:
Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada por deficiência na
produção de insulina. Ocorre quando o próprio sistema imune do organismo produz
anticorpos contra as células-beta produtoras de insulina, destruindo-as. O
diabetes tipo 1 se desenvolve principalmente em crianças e jovens, mas pode
ocorrer em adultos. Há tendência em apresentar cetoacidose diabética.
16 Renal: Relacionado aos
rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que
os rins pararam de funcionar.
17 Complicações do
diabetes: São os efeitos prejudiciais do diabetes no organismo, tais
como: danos aos olhos, coração, vasos sangüíneos, sistema nervoso, dentes e
gengivas, pés, pele e rins. Os estudos mostram que aqueles que mantêm os níveis
de glicose do sangue, a pressão arterial e o colesterol próximos aos níveis
normais podem ajudar a impedir ou postergar estes problemas.
18 Hipoglicemia: Condição
que ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose, freqüentemente
abaixo de 70 mg/dL, com aparecimento rápido de sintomas. Os sinais de
hipoglicemia são: fome, fadiga, tremores, tontura, taquicardia, sudorese,
palidez, pele fria e úmida, visão turva e confusão mental. Se não for tratada,
pode levar ao coma. É tratada com o consumo de alimentos ricos em carboidratos
como pastilhas ou sucos com glicose. Pode também ser tratada com uma injeção de
glucagon caso a pessoa esteja inconsciente ou incapaz de engolir. Também chamada
de reação à insulina.
19 Fígado: Órgão que
transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica
bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das
gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos
progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do
fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do
intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático,
comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto
cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal
hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno,
tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu
esvaziamento para o intestino.
20 Células das Ilhotas
Pancreáticas: Estruturas microscópicas irregulares constituídas por
cordões de células endócrinas espalhadas pelo PÂNCREAS entre os ácinos
exócrinos. Cada ilhota é circundada por fibras de tecido conjuntivo e penetrada
por uma rede de capilares. Há quatro tipos principais de células. As células
beta, mais abundantes (50-80 por cento) secretam INSULINA. As células alfa (5-20
por cento) secretam GLUCAGON. As células PP (10-35 por cento) secretam o
POLIPEPTÍDEO PANCREÁTICO. As células delta (aproximadamente 5 por cento)
secretam SOMATOSTATINA.
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