Wednesday, May 09, 2007

Dores osteoarticulares em idosos

Dores osteoarticulares em idosos



As pessoas estão envelhecendo acima dos 60 anos, queixam-se duas vezes mais de dor do que os mais jovens durante as consultas médicas. As dores crônicas afetam mais de 50% das pessoas, acima de 65 anos que vivem no ambiente da comunidade e mais de 80% dos residentes em clínicas de repouso. Nos consultórios médicos, 73% dos idosos, queixam-se de algum tipo de dor. A Associação Internacional para o Estudo da Dor, com mais de 6.900 membros em 106 países, promove em 2007 (Ano Contra a Dor no Idoso), e
chama atenção para este tema com eventos em vários países, inclusive no Brasil para alertar sobre o tratamento da dor e a qualidade de vida dos idosos. Segundo do Departamento do Centro Demográfico dos Estados Unidos, o número de idosos no mundo irá crescer. Nos países desenvolvidos a porcentagem da população com mais de 65 anos, vai subir dos atuais 17,5% da população para 36,3% até 2050, enquanto que o grupo com mais de 80 anos triplicará. Tendência semelhante se observa nos países em desenvolvimento, inclusive no Brasil. Ainda segundo dados internacionais 45,8% das pessoas idosas internadas em hospitais relatam sentir dor; 19% descrevem dor de moderada a extremamente intensa; apenas 12,9% estão satisfeitas com a forma como vêm controlando a dor. Dores articulares e musculotendíneas, lombalgia, dores associadas a fraturas por osteoporose (perda de massa óssea) neuropatias, câncer, dores por doença vascular e cãibras nas pernas, são as que mais afetam os idosos. A dor crônica pode comprometer a qualidade de vida do paciente, e resultar em depressão, ansiedade, fadiga, falta de apetite, distúrbios de sono e limitações na realização de atividades rotineiras. Muitas vezes o idoso relata mais de uma queixa sobre dor. Uma pesquisa com 58 idosos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, revelou que 46 (79,3%) sofriam de dor, dos quais 16 (34,7%) revelaram dor em uma localização, 17 (36,9%) duas dores e 13 (28,4%) três ou mais queixas dolorosas. A população idosa é muito heterogênea. Há idosos ativos e produtivos aos 70-80 anos e idosos com a mesma idade totalmente dependentes para as atividades da vida diária. Além das alterações fisiológicas próprias da idade, é freqüente a ocorrência de mais de uma doença no idoso. Mas ficar mais velho não significa virar doente. Problemas de saúde podem aparecer, mas há soluções. Se as pessoas tiverem hábitos saudáveis, procurando-se manter ativas física e intelectualmente poderão ter um envelhecimento saudável com boa qualidade de vida, minimizando as alterações próprias da idade e prevenindo doenças que incidem mais após os 60 anos. O uso concomitante de vários medicamentos e a redução da função dos órgãos, em especial do fígado e dos rins, aumentam o risco de efeitos indesejáveis dos medicamentos e de intoxicações. H.Morphy e colaboradores, da Universidade de Staffordshire da Inglaterra, que os idosos também tem dores, insônia, ansiedade e depressão.



Fonte :: Sleep. 2007 Mar 1;30(3):274-80

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