Wednesday, May 18, 2011

Hipertensão arterial - aspectos nutricionais

Nutricionista Cyntia Carla da Silva
Nutricionista clínica do Hospital do Coração
Coordenadora de Nutrição Assistencial do Hcor
Hipertensão e suas conseqüências:

A hipertensão arterial popularmente conhecida como "pressão alta" é uma doença que atinge uma grande parcela da população do Brasil e mundo. É um dos fatores que aumentam o risco de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (derrame) e outras doenças cardiovasculares.

Além da hipertensão, outros fatores de risco devem ser observados, dentre eles: dislipidemias (aumento das gorduras no sangue), tabagismo, consumo de álcool, hábitos alimentares inadequados, obesidade, diabetes, sedentarismo e stress. Quanto mais fatores de riscos associados maiores são as chances de problemas como infarto e derrame.

Um dos problemas para o diagnóstico da hipertensão arterial se deve ao fato de que em muitos casos não existem sintomas aparentes. Muitas pessoas convivem com a doença por um longo tempo antes de descobrirem que são hipertensos.

Dentre os sintomas que podem ser observados quando a pressão atinge valores muito elevados, ou quando há um pico súbito devido a causas diversas, temos a cefaléia, que geralmente é pulsátil, sensação de calor, dispnéia, opressão no peito, e em casos graves, alterações da consciência e crises convulsivas.

Uma vez estabelecido o diagnostico de hipertensão e afastado causas secundárias que podem cursar com elevação da pressão, como doenças renais e endocrinológicas, é importante aprender a conviver com ela. Isso porque a hipertensão primária ou essencial é causada por fatores genéticos, não havendo cura, mas podendo ser controlada através de alimentação adequada, medicações específicas e mudanças no estilo de vida.

O papel da alimentação na prevenção e controle da hipertensão arterial:

O sódio é um sal mineral que está presente naturalmente em alguns alimentos e é o principal componente do sal de cozinha e de uma série de outros conservantes. Há muito tempo o sódio tem sido considerado importante fator no desenvolvimento e na intensidade da hipertensão arterial.

A evolução da espécie humana, e conseqüentemente a modificação dos hábitos alimentares e as formas de conservação e preparo de alimentos, tiveram um papel importante no aparecimento da hipertensão ao longo destes milhares de anos.

Desde os nossos antepassados pré-históricos até hoje, o consumo de sal vem aumentando progressivamente. O primeiro aumento significativo do consumo de sal na alimentação humana ocorreu com o advento da agricultura e a conseqüente necessidade de conservação dos alimentos que eram produzidos em grande escala.

Os chineses descobriram há cerca de 4.000 anos que o sal era capaz de conservar os alimentos. Desde então, até os dias atuais o sal é um dos aditivos de conservação mais abundantes nos alimentos processados.

O consumo médio de sal da população gira em torno de 10 a 12 gramas/dia. Este consumo refere-se ao sódio natural dos alimentos, ao sal adicionado durante o preparo e do consumo de alimentos processados que apresentam sódio. O consumo total de sódio pode ser considerado proveniente de três maneiras: 75% de alimentos processados, 10% de sódio do próprio alimento 15% de sal de adição.

A recomendação do consumo de sal para as pessoas hipertensas é de 6 gramas de sal por dia, já incluindo o sal natural dos alimentos.

Diminuindo o consumo de sódio:

Para que as recomendações de redução do sal na alimentação sejam cumpridas é necessário selecionar com atenção os alimentos e prepará-los de forma adequada. Algumas atitudes simples podem reduzir de forma significativa o sal da dieta, siga estas recomendações:

"Não adicione sal aos alimentos que já estão preparados, nada de deixar o saleiro à me book



Fonte: http://www.nutricaoclinica.com.br

02/03/2010
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Última atualização: 27/04/2011

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