Wednesday, December 14, 2016

Suplementos de cálcio podem aumentar risco de infarto do miocárdio, de acordo com meta-análise publicada no BMJ


Suplementos de cálcio podem aumentar risco de infarto do miocárdio, de acordo com meta-análise publicada no BMJ


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Suplementos de cálcio podem aumentar risco de infarto do miocárdio, de acordo com meta-análise publicada no BMJ

Meta-análise publicada no British Medical Journal mostra que pessoas que usam suplementos de cálcio (sem a co-administração de vitamina1 D) têm risco 30% maior de sofrer infarto do miocárdio2. Embora a magnitude do aumento no risco seja pequena, o uso disseminado de suplementos de cálcio, principalmente por idosos com risco aumentado de fraturas ósseas, pode significar um grande impacto no número de eventos cardiovasculares na população geral.
Os dados das triagens envolvendo um total de 12 mil participantes também sugerem que estes suplementos não são tão efetivos na prevenção de fraturas ósseas (redução de cerca de 10% no número total de fraturas ósseas). Foram eleitos para análise estudos com o uso de suplementação3 de cálcio (500 mg/dia) e controlados com placebo4, com 100 ou mais participantes, média de idade acima de 40 anos e duração do estudo de no mínimo um ano.
O risco aumentado de infarto do miocárdio2 foi observado em ambos os sexos, independente do tipo de suplemento usado. Um pequeno acréscimo no número de mortes foi observado, mas não foi estatisticamente significativo, observam os pesquisadores.
O motivo pelo qual o cálcio aumenta o risco ainda não é conhecido, mas sugere-se que a suplementação3 de cálcio eleve os níveis séricos deste elemento, o que já foi previamente associado à maior incidência5 de infarto6 agudo7 do miocárdio8. Outra hipótese é que o processo de calcificação9 vascular10, fator de risco11 estabelecido para doenças cardiovasculares12, é semelhante ao processo da osteogênese. Sendo assim, já que os suplementos de cálcio aumentam a densidade óssea, é possível que eles também acelerem a calcificação9 vascular10 e consequentemente elevem a incidência5 de eventos cardiovasculares.
O Dr. Alison Avenell, da University of Aberdeen e coordenador do estudo, juntamente com colaboradores da Nova Zelândia e dos Estados Unidos, diz que as evidências sugerem que os suplementos de cálcio têm um benefício limitado na prevenção de fraturas, especialmente comparados a outros tipos de tratamentos disponíveis.
A ingestão de cálcio proveniente da dieta é segura e o Food and Drug Administration recomenda que adultos mantenham o consumo regular de 700 mg de cálcio por dia, proveniente de leite, queijo, folhas verdes e legumes. Mantendo este consumo e obtendo vitamina1 D da exposição regular ao sol, os suplementos não são necessários para a maioria das pessoas.
Os pacientes devem considerar, junto a seus médicos, os benefícios e os riscos do uso desses suplementos.
Fonte: British Medical Journal de 29 de julho de 2010
NEWS.MED.BR, 2010. Suplementos de cálcio podem aumentar risco de infarto do miocárdio, de acordo com meta-análise publicada no BMJ. Disponível em: . Acesso em: 14 dez. 2016.

Thursday, December 08, 2016

Posição da Academia de Nutrição e Dietética sobre dietas vegetarianas



Posição da Academia de Nutrição e Dietética sobre dietas vegetarianas em diferentes estágios da vida, incluindo infância, gravidez e lactação




-->A posição da Academia de Nutrição1 e Dietética sobre o uso de dietas vegetarianas adequadamente planejadas, incluindo a dieta vegana, foi publicada pelo Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics.
Os principais pontos de que tratam os especialistas dizem respeito a:
  • Dietas vegetarianas e veganas são dietas saudáveis, nutricionalmente adequadas e que podem proporcionar benefícios de saúde2 para a prevenção e para o tratamento de certas doenças.
  • Essas dietas são apropriadas para todos os estágios do ciclo de vida, incluindo gravidez3, lactação4, infância precoce e infância tardia, adolescência, idade adulta, terceira idade e também para atletas.
  • Dietas baseadas em plantas são mais ambientalmente sustentáveis do que dietas ricas em produtos animais, porque elas usam menos recursos naturais e estão associadas a muito menos danos ambientais.
  • Vegetarianos e veganos estão em risco reduzido para certas condições de saúde2, incluindo doença cardíaca isquêmica, diabetes mellitus5 tipo 2, hipertensão arterial6, obesidade7 e certos tipos de câncer8.
  • Saiba mais sobre "Infarto do miocárdio9", "Diabetes10", "Hipertensão11", "Obesidade7" e "Prevenção do câncer8".
  • A baixa ingestão de gorduras saturadas12 e altas ingestões de vegetais, frutas, grãos integrais, leguminosas, produtos de soja, nozes e sementes (todos ricos em fibras e fitoquímicos) são características de dietas vegetarianas e veganas, as quais produzem menores níveis de colesterol13 total e do colesterol13 de baixa densidade (LDL colesterol14 ou colesterol13 ruim) e também melhor controle da glicose15 no organismo. Estes fatores contribuem para a redução de doenças crônicas.
  • Leia sobre "Como reduzir o colesterol13", "Colesterol13 LDL16" e  "Comportamento da glicemia17".
  • É importante lembrar que os veganos precisam utilizar fontes confiáveis de vitamina18 B12, como alimentos fortificados ou suplementos.
  • Para vegetarianos mais jovens e veganos em particular, é importante planejar refeições que incluem ferro, zinco, vitamina18 B12, e para alguns, cálcio e vitamina18 D. Por esses motivos, esse tipo de dieta precisa ser planejado de forma adequada e balanceada.
  • Segundo os autores, as pessoas que adotam uma dieta vegana reduzem o risco de diabetes10 em 62%, o risco de câncer8 de próstata19 em 35%, a chance de serem hospitalizados por um ataque cardíaco em 33%, o risco de doença cardíaca em 29% e o risco de todas as formas de câncer8 em 18%.
  • Veja mais sobre "Como evitar o diabetes10" e "Câncer8 de próstata19".
  • As pessoas que adotam dietas vegetarianas têm um menor índice de massa corporal20 (IMC21), melhor controle da pressão arterial22 e da glicose15 no sangue23, menos inflamação24 no organismo e níveis mais baixos de colesterol13 em comparação com os não vegetarianos.
  • Só porque uma dieta é vegetariana ou vegana, no entanto, não significa necessariamente que seja saudável. Uma dieta saudável é rica em alimentos minimamente processados, especialmente derivados de plantas, mas também podem vir de animais. O que não entra em uma dieta vegana, por exemplo.
Alguns especialistas não envolvidos nesta recomendação da Academia de Nutrição1 e Dietética recomendam como uma dieta saudável, por exemplo, uma dieta de alto teor de gordura25 ao estilo mediterrâneo, rica em frutas, legumes não amiláceos, nozes, feijão, peixe, grãos integrais e óleos vegetais e incluindo iogurte, queijo, aves e ocasionalmente carne vermelha fresca e não processada.
Veja também sobre "Dieta mediterrânea26", "Perigo das dietas para emagrecer", "Cálculo27 do IMC21" e "Colesterol13 do organismo".

Fonte: Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, volume 116, número 12, de dezembro de 2016

Intestino: O "Segundo Cérebro" e sua Influência na Saúde e Bem-Estar

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