Wednesday, September 02, 2015

Adultos jovens com doença cardíaca congênita apresentam maior risco para acidente vascular cerebral isquêmico

Adultos jovens com doença cardíaca congênita apresentam maior risco para acidente vascular cerebral isquêmico

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Adultos jovens com doença cardíaca congênita apresentam maior risco para acidente vascular cerebral isquêmico
Um trabalho sobre o risco de acidente vascular cerebral1 (AVC) isquêmico2 em 20.024 adultos jovens com cardiopatia congênita3 foi apresentado na reunião anual da European Society of Cardiology de 2015, em Londres. O risco de desenvolver AVC isquêmico2 é significativamente maior entre estes pacientes do que na população geral. No entanto, em termos absolutos, o risco é baixo.
Pesquisadores da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, pesquisaram dados de pacientes adultos vivos que nasceram entre janeiro de 1970 e dezembro 1993, com diagnóstico4 de cardiopatia congênita3 e que não tinham histórico de acidente vascular cerebral1 antes dos 18 anos. Dez controles para cada paciente (n=200.240) pareados por idade, sexo e município, foram selecionados aleatoriamente da população geral.
Após a análise dos dados, os pesquisadores descobriram que entre 20.024 adultos jovens com doença cardíaca congênita3 (51,9% homens, 48,1% mulheres, com idade média no momento do diagnóstico4 de cinco anos), 89 (0,4%) desenvolveram acidente vascular cerebral1 isquêmico2. O risco de desenvolver AVC isquêmico2 foi de 7,8 vezes maior em adultos jovens com doença cardíaca congênita3 (P<0 com="" compara="" controles.="" em="" o="" os="" p=""> Segundo a classificação Marelli, o primeiro grupo de pacientes com doença cardíaca congênita3 (ou seja, aqueles com transposição dos grandes vasos, tetralogia de Fallot, defeito do septo atrioventricular, síndrome5 de hipoplasia do coração6 esquerdo, ventrículo com entrada dupla e tronco arterial7 comum) apresentou o maior risco para AVC isquêmico2, (hazard ratio [HR] 10,0; P<0 aos="" class="postTip word_cnt_4040429_5" com="" compara="" controles.="" em="" entanto="" mesmo="" no="" o="" os="" pacientes="" span="" style="font-family: inherit;">malformações
8 congênitas9 menos complexas, como no segundo grupo de Marelli, ou seja, aqueles com defeitos septais, persistência do canal arterial10, coarctação da aorta11 e anomalia de Ebstein, tiveram um risco 7,5 vezes maior de AVC isquêmico2 (p<0 controles.="" do="" os="" p="" que=""> Fonte: European Society of Cardiology, em 31 de agosto de 2015
NEWS.MED.BR, 2015. Adultos jovens com doença cardíaca congênita apresentam maior risco para acidente vascular cerebral isquêmico. Disponível em: . Acesso em: 2 set. 2015.

Esperança futura: exame de sangue pode rastrear mutações no DNA de tumores circulantes e prever precocemente recaídas do câncer de mama

Esperança futura: exame de sangue pode rastrear mutações no DNA de tumores circulantes e prever precocemente recaídas do câncer de mama

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Esperança futura: exame de sangue pode rastrear mutações no DNA de tumores circulantes e prever precocemente recaídas do câncer de mama
Predizer o risco de recorrência1 de um paciente que já teve um câncer2 é um desafio para a medicina moderna. Felizmente, o DNA do tumor3 (ctDNA) presente no sangue4 circulante pode dar pistas sobre células5 cancerosas residuais deixadas para trás após um tratamento, as quais podem semear novos tumores. O estudo foi publicado na revista Science Translational Medicine.
Garcia-Murillas e colaboradores, pesquisadores do The Institute of Cancer2 Research, em Londres, e do The Royal Marsden NHS Foundation Trust, desenvolveram um ensaio personalizado baseado na reação em cadeia da polimerase digital do ctDNA para rastrear mutações ao longo do tempo, em pacientes com câncer2 de mama6 em estágio inicial que tinham recebido tratamentos aparentemente curativos, com cirurgia e quimioterapia7.
Estas mutações-chave revelaram um pequeno número de células5 cancerosas residuais que resistiram à terapia e foram encontradas através da detecção de DNA do câncer2 na corrente sanguínea, sem a necessidade de procedimentos invasivos como uma biópsia8.
O rastreamento de mutação9 em amostras seriais previu, com precisão, recaídas metastáticas em vários casos, meses antes da recaída clínica (média de oito meses antes). Tal previsão antecipada, sem precedentes, poderia permitir a intervenção terapêutica10 antes do reaparecimento do câncer2 em pacientes de alto risco. Além disso, os autores foram capazes de conhecer mais sobre os eventos genéticos que conduzem a estas metástases11, por sequenciamento paralelo em massa do ctDNA, o que poderia informar sobre novas terapias à base de medicações desenvolvidas tomando como referência as mutações individuais dos pacientes.
Fonte: Science Translational Medicine, volume7, número 302, 26 de agosto de 2015
NEWS.MED.BR, 2015. Esperança futura: exame de sangue pode rastrear mutações no DNA de tumores circulantes e prever precocemente recaídas do câncer de mama. Disponível em: . Acesso em: 2 set. 2015.

Complementos

1 Recorrência: 1. Retorno, repetição. 2. Em medicina, é o reaparecimento dos sintomas característicos de uma doença, após a sua completa remissão. 3. Em informática, é a repetição continuada da mesma operação ou grupo de operações. 4. Em psicologia, é a volta à memória.
2 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
3 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
4 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
5 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
6 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
7 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
8 Biópsia: 1. Retirada de material celular ou de um fragmento de tecido de um ser vivo para determinação de um diagnóstico. 2. Exame histológico e histoquímico. 3. Por metonímia, é o próprio material retirado para exame.
9 Mutação: 1. Ato ou efeito de mudar ou mudar-se. Alteração, modificação, inconstância. Tendência, facilidade para mudar de ideia, atitude etc. 2. Em genética, é uma alteração súbita no genótipo de um indivíduo, sem relação com os ascendentes, mas passível de ser herdada pelos descendentes.
10 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
11 Metástases: Formação de tecido tumoral, localizada em um lugar distante do sítio de origem. Por exemplo, pode se formar uma metástase no cérebro originário de um câncer no pulmão. Sua gravidade depende da localização e da resposta ao tratamento instaurado.

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