Thursday, August 27, 2015

JAMA: 24 meses de atividade física versus educação em saúde. Qual é o melhor para bons resultados cognitivos em idosos sedentários?

JAMA: 24 meses de atividade física versus educação em saúde. Qual é o melhor para bons resultados cognitivos em idosos sedentários?

quarta-feira, 26 de agosto de 2015
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JAMA: 24 meses de atividade física versus educação em saúde. Qual é o melhor para bons resultados cognitivos em idosos sedentários?
Evidências epidemiológicas sugerem que a atividade física beneficia a cognição1, mas os resultados de ensaios clínicos2 randomizados são limitados. Para determinar os resultados de um programa de atividade física de 24 meses na melhoria da função cognitiva3, menor risco de comprometimento cognitivo4 leve (MCI) ou demência5, ou ambos, em comparação com um programa de educação para a saúde6, foi realizado um ensaio clínico publicado pelo The Journal of the American Medical Association (JAMA).
O ensaio clínico randomizado7 Lifestyle Interventions and Independence for Elders (LIFE) inscreveu 1635 participantes vivendo em comunidades de oito Centros de Saúde6 dos Estados Unidos, de fevereiro de 2010 até dezembro de 2011. Os participantes eram sedentários, com 70 a 89 anos de idade, que estavam em risco para incapacidade funcional, mas capazes de andar 400 metros.
Um programa estruturado de atividade física de intensidade moderada (n=818) com exercícios de caminhada, treinamento de resistência e flexibilidade ou um programa de educação para a saúde6 (n=817) com oficinas educativas e alongamento da extremidade superior foi aplicado aos participantes.
Os principais resultados e medidas de desfechos secundários pré-especificados incluíam a função cognitiva3, medida pelo Digit Symbol Coding (DSC) da Wechsler Adult Intelligence Scale (pontuação de zero a 133; escores mais altos indicam melhor função) e pelo teste Hopkins Verbal Learning Test, avaliada em 1476 participantes (90,3%). Resultados terciários incluíam a função cognitiva3 global, a função executiva8 e a incidência9 de dano cognitivo4 leve ou demência5 em 24 meses. No 24º mês, os participantes do grupo de atividade física que tinham 80 anos ou mais (n=307) e aqueles com pior desempenho físico (n=328) tiveram melhores mudanças nos escores de pontuação da função executiva8 em comparação com o grupo de educação em saúde6. Dano cognitivo4 leve ou demência5 ocorreu em 98 participantes (13,2%) no grupo de atividade física e em 91 participantes (12,1%) no grupo de educação em saúde6.
Entre os idosos sedentários estudados, um programa de atividade física de intensidade moderada por 24 meses em comparação com um programa de educação em saúde6 não resultou em melhorias na função cognitiva3 global ou na função executiva8.
Fonte: The Journal of the American Medical Association (JAMA), volume 314, número 8, de 25 de agosto de 2015
NEWS.MED.BR, 2015. JAMA: 24 meses de atividade física versus educação em saúde. Qual é o melhor para bons resultados cognitivos em idosos sedentários?. Disponível em: . Acesso em: 27 ago. 2015.

Testes psicológicos na seleção de pessoal

Testes psicológicos na seleção de pessoal

quinta-feira, 20 de agosto de 2015
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Testes psicológicos na seleção de pessoal
A importância dos testes psicológicos na seleção de pessoal
O processo de recrutamento de pessoal visa selecionar as pessoas mais habilitadas para o exercício de determinadas funções e para tentar predizer o desempenho delas no trabalho em questão. Normalmente ele é feito através da análise de curriculum vitae e entrevistas que têm por objetivo avaliar competências, habilidades específicas e traços gerais da personalidade do candidato. Nesse último sentido, os testes psicológicos são instrumentos indispensáveis para complementar as impressões que possam ser colhidas nas entrevistas psicológicas. Existem vários testes psicológicos, alguns são mais adaptados para avaliar aspectos psicológicos específicos como atenção, interesses ou coordenação psicomotora1, por exemplo, e outros procuram avaliar traços gerais da personalidade. Cabe ao profissional que os aplica definir quais aspectos são mais relevantes para a seleção em questão e fazer a escolha dos melhores testes para determinada função. Alguns dos testes mais utilizados são:
Inventário fatorial de personalidade (IFP)
O inventário visa avaliar o indivíduo normal em quinze necessidades ou motivos psicológicos: Assistência, Dominância, Ordem, Denegação, Intracepção, Desempenho, Exibição, Heterossexualidade, Afago, Mudança, Persistência, Agressão, Deferência, Autonomia e Afiliação. O kit completo do teste é composto por um manual técnico, cinco cadernos reutilizáveis de aplicação, um bloco de folha de respostas, um bloco de folha de apuração para o sexo feminino ou outro bloco para o sexo masculino. O teste é composto por 130 itens, a serem respondidos em uma escala de pontos que vai de um (nada característico) a sete (totalmente característico).
Alguns exemplos das questões apresentadas são:
1- Gosto que meus amigos me apoiem quando fracasso.
2- Gosto de fazer coisas que outras pessoas consideram fora do comum.
3- Gostaria de realizar um grande feito ou grande obra na minha vida.
5- Gosto de sair com pessoas atraentes do sexo oposto.
E assim por diante...
Teste de atenção concentrada
Visa avaliar a capacidade que o sujeito tem de manter a sua atenção concentrada e é muito realizado na seleção de pessoal e em exames para motoristas. O teste é elaborado com material gráfico e a avaliação é simples através de crivo de correção transparente. O teste de atenção concentrada informa sobre a capacidade de foco em uma determinada tarefa em detrimento de outras, levando em conta o tempo de duração.
Teste palográfico
Trata-se de um teste de personalidade por meio de comportamentos expressivos, com a realização de pequenos traços verticais paralelos. Sua aplicação é muito simples, rápida e sua correção é realizada pela avaliação quantitativa e qualitativa, com base nos traços realizados, mas exige certo grau de preparação e experiência do psicólogo com a técnica. Hoje em dia, tem sido uma das ferramentas mais utilizadas para seleção de pessoal, exames de autoescola e para tirar porte de armas.
Teste de avaliação tipológica - QUATI
O teste visa classificar as pessoas segundo os dezesseis tipos psicológicos estabelecidos por Jung. O teste é constituído de noventa e três questões a serem respondidas apenas com as alternativas “A” e “B”. Jung constatou que os seres humanos se classificam em quatro tipos: pensamento, sentimento, sensação e intuição. Cada um desses quatros tipos se subdivide em duas classes: racional e irracional. O teste busca avaliar a personalidade através das escolhas situacionais que cada indivíduo faz. Pode ser utilizado em seleção de pessoal, avaliação de potencial, orientação vocacional, psicodiagnóstico, etc.
Teste de raciocínio lógico
Foi elaborado com a finalidade de investigar, avaliar e mensurar as diversas operações mentais envolvidas no raciocínio lógico, principalmente de motoristas, vigilantes e seguranças, sendo indicado também para avaliação neuropsicológica de idosos. O teste permite identificar quais os tipos de raciocínio em que o examinando2 apresentou maior facilidade ou dificuldade. É composto por quarenta questões, de aplicação individual ou coletiva.
Teste não verbal de inteligência
Há diversos testes de avaliação não verbal da inteligência. Um dos mais conhecidos, o G-36, visa avaliar a capacidade intelectual através de questões dispostas em ordem crescente de dificuldade, envolvendo compreensão de relação de identidade e raciocínio por analogia. O sujeito deve escolher para cada item apresentado a alternativa correta e registrá-la em folha apropriada. A correção é feita com crivos de acertos e erros, por meio dos quais se pode obter quantitativamente o total de acertos e qualitativamente os tipos de erros cometidos pelo sujeito, considerando os diversos raciocínios exigidos para responder a cada item do teste.
Inventário de administração de tempo - ADT
O inventário de administração de tempo é constituído por um conjunto de 96 afirmações, divididas em 16 áreas, relacionadas direta ou indiretamente com a forma como as pessoas utilizam o seu tempo no ambiente de trabalho, permitindo avaliar os resultados gerais e identificar áreas problemáticas específicas de gerenciamento do tempo. Deverá ser aplicado por profissionais da área de recursos humanos que possuam experiência na aplicação de inventários desta natureza. Tem por objetivo diagnosticar os tempos desperdiçados do inquirido. Trata-se de teste importante nos processos seletivos de executivos, gerentes, supervisores e secretárias.
Escala Beck
As escalas Beck, criadas por Aaron Beck, consistem em um questionário com 21 itens de múltipla escolha. Elas são excelentes avaliadoras de ansiedade, ideação suicida, depressão e podem ser utilizadas na clínica e no acompanhamento de pessoal.
Inventário de sintomas3 de estresse para adultos de lipp (ISSL)
Instrumento útil na identificação de quadros de estresse em adultos e a fase do processo de estresse em que a pessoa se encontra (alerta, resistência, quase-exaustão e exaustão). Baseia-se em um modelo quadrifásico e propõe um método de avaliação que enfatiza a sintomatologia somática e psicológica etiologicamente ligada ao estresse. Pode ser aplicado para pessoas com 15 anos de idade ou mais.
Psicodiagnóstico miocinético - PMK
Muito utilizado na avaliação de candidatos a motoristas, operadores de máquinas e para quem vai portar arma de fogo. Ele dá uma visão4 bastante clara e diferenciada da personalidade humana, sua estrutura e dinâmica, mostrando como a pessoa reage em contato com o meio ambiente: tônus vital, agressividade, reação vivencial, emotividade, dimensão tensional e predomínio tensional.
Teste de Zulliger
O teste de Zulliger foi criado por Hans Zulliger, psicólogo suíço, e tem por finalidade o psicodiagnóstico, a avaliação da personalidade, a seleção de pessoal, a avaliação de desempenho, etc. Sua aplicação pode ser individual ou coletiva, para toda e qualquer dessas finalidades. O teste consta de três pranchas: prancha I, que avalia aspectos primitivos da personalidade; prancha II, que enfoca a afetividade e as emoções e prancha III, que apura os relacionamentos. A interpretação integrada das três pranchas propicia uma visão4 muito aprofundada da personalidade humana, especialmente em relação aos seus aspectos afetivo-emocionais, bem como em termos de intelectualidade, pensamento, objetivos de vida, sociabilidade, relacionamento interpessoal, etc.
Teste Wartegg
Este teste é muito utilizado em recrutamento pessoal, sendo uma técnica de investigação da personalidade através de desenhos obtidos por meio de uma variedade de pequenos elementos gráficos que servem como uma série de temas formais a serem desenvolvidos pelo indivíduo de maneira pessoal. São oito campos em que o testando deverá realizar oito desenhos, na sequência que desejar, no tema que quiser, de acordo com seu próprio ritmo. Cada campo tem o seu valor próprio. O campo 1 avalia o eu, o ego e a autoestima; o campo 2 avalia as fantasias e a afetividade; o campo 3 procura verificar a ambição, as metas e os objetivos; o campo 4 procura diagnosticar a angústia e como a pessoa lida com conflitos; o campo 5 faz um levantamento da energia vital da transposição de obstáculos; o campo 6 apura a criatividade; o campo 7 estuda a sexualidade, a sensualidade e a sensibilidade e o campo 8, demonstra aspectos sociais e empatia com os outros.
ABC.MED.BR, 2015. Testes psicológicos na seleção de pessoal. Disponível em: . Acesso em: 27 ago. 2015.

Mal de Pott: o que é isso?

Mal de Pott: o que é isso?

sexta-feira, 21 de agosto de 2015
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Mal de Pott: o que é isso?
O que é Mal de Pott?
O Mal de Pott, também conhecido como espondilite tuberculosa, é uma das doenças mais antigas de que se tem conhecimento, tendo sido documentada em restos da coluna vertebral1 da Idade do Ferro, na Europa e em antigas múmias do Egito e da costa do Pacífico da América do Sul. Trata-se da infecção2 das vértebras pelo bacilo3 da tuberculose4. A primeira descrição clássica da doença foi feita em 1779, por Percivall Pott. Desde o advento das medicações tuberculostáticas e de melhores medidas de saúde5 pública, a tuberculose4 espinhal tornou-se rara em países industrializados, embora ainda seja uma importante causa de doença em países em desenvolvimento.
Quais são as causas do Mal de Pott?
A tuberculose4 vertebral se dá através da inalação do Bacilo3 de Koch, que passa para o sangue6 e aloja-se na coluna, preferencialmente nas últimas vértebras torácicas ou lombares e aí inicia o processo de destruição óssea e, se não tratada, leva ao comprometimento de todas as outras vértebras e articulações7 da coluna. O Mal de Pott é o tipo de tuberculose4 extrapulmonar mais comum e se deve ao fato de que as estruturas da coluna vertebral1 sejam ricamente vascularizadas.
Qual é a fisiopatologia8 do Mal de Pott?
O Mal de Pott geralmente é secundário a uma fonte extraespinhal (=fora da coluna) de infecção2 tuberculosa. A doença manifesta-se como uma combinação de osteomielite9 e artrite10 que envolve mais de uma vértebra. A parte afetada é o corpo anterior da vértebra, mas a infecção2 pode se espalhar a partir dessa área para os discos intervertebrais adjacentes. Em adultos, o acometimento dos discos sempre se dá secundariamente à infecção2 do corpo vertebral. Em crianças, como os discos ainda são bem vascularizados, a infecção2 pode ser primária.
Quais são os principais sinais11 e sintomas12 do Mal de Pott?
Os sinais11 e sintomas12 do Mal de Pott dependem do estágio da doença, do local afetado e da presença de complicações. Os sintomas12 potenciais da doença Pott incluem febre13, dores nas costas14 e perda de peso. A dor nas costas14 é o sintoma15 mais precoce e mais comum de doença de Pott e pode ter características espinhais ou radiculares. A destruição óssea progressiva leva à destruição das vértebras, ao colapso16 vertebral e à cifose. O canal medular pode ser estreitado por abscessos17, tecido de granulação18 ou invasão direta da dura-máter19, levando à compressão da medula espinhal20 e a déficits neurológicos.
As lesões21 da coluna vertebral1 torácica são mais susceptíveis de conduzir à cifose que as da coluna lombar. Um abscesso22 frio pode ocorrer se a infecção2 se estender para ligamentos23 e tecidos moles adjacentes. Os abscessos17 na região lombar24 podem descender abaixo da bainha do músculo psoas25 até a região femoral e eventualmente corroer a pele26.
Anormalidades neurológicas ocorrem em metade dos casos e podem incluir compressão do canal da medula espinhal20 com paraplegia27, paralisias, alterações da sensibilidade, dor de raiz nervosa e/ou síndrome da cauda equina28. A tuberculose4 da espinha cervical é menos comum, mas potencialmente gera complicações neurológicas mais graves. As secções torácica e lombar da coluna são afetadas quase igualmente, com leve predomínio da coluna torácica. Em conjunto, as duas representam 80-90% dos casos de Mal de Pott e os casos restantes ocorrem na coluna cervical29. Quase todos os pacientes com a doença têm algum grau de deformação da coluna (cifose). Uma grande proporção de pacientes com doença de Pott não apresenta a doença fora dos ossos. Apenas 10-38% dos casos estão associados à tuberculose4 não óssea.
Como o médico diagnostica o Mal de Pott?
A primeira aproximação do diagnóstico30 deve partir dos sintomas12 relatados pelo paciente e por um detalhado exame físico, com avaliação do alinhamento da coluna, inspeção31 da pele26, avaliação da massa subcutânea32 do flanco33 e exame neurológico minucioso. Os estudos de laboratório utilizados para o diagnóstico30 incluem teste tuberculínico, taxa de sedimentação de eritrócitos34 e estudos microbiológicos35. As alterações radiográficas mostram destruição lítica do corpo vertebral, colapso16 das vértebras, esclerose36 reativa, sombra alargada do músculo psoas25, com ou sem calcificação37, placas38 vertebrais osteoporóticas e discos intervertebrais reduzidos ou destruídos.
A tomografia computadorizada39 fornece detalhe das lesões21 líticas, das escleroses, do colapso16 de disco e do rompimento de estruturas ósseas. Procedimentos guiados por tomografia computadorizada39 podem ser usados para orientar a amostragem das estruturas ósseas ou dos tecidos moles afetados. A ressonância magnética40 é mais eficaz para demonstrar a extensão da doença em tecidos moles e a propagação da tuberculose4 para os ligamentos23 e para demonstrar a compressão neural. A biópsia41 das lesões21 ósseas guiada por tomografia computadorizada39 é um procedimento seguro, que permite obter uma amostra para confirmar o diagnóstico30 e para fazer cultura e testes de sensibilidade. O diagnóstico30 do Mal de Pott impõe a verificação de tuberculose4 extra-óssea.
Como o médico trata o Mal de Pott?
As opiniões diferem quanto a se o tratamento de escolha deve ser apenas quimioterapia42 conservadora ou uma combinação de quimioterapia42 e cirurgia. Melhor é que a decisão seja individualizada para cada paciente e a cirurgia não seja indicada de rotina. As cintas de imobilização, uma forma tradicional de tratamento, atualmente têm sido descartadas. Na medida do possível, os pacientes com Mal de Pott devem ser tratados com órteses43 externas. O tratamento do Mal de Pott é longo e deve durar de seis a nove meses contínuos e muitos especialistas ainda recomendam estendê-lo para nove a doze meses em casos de múltiplos focos vertebrais. Por isso, os pacientes devem ser monitorizados para que seja avaliada a sua resposta à terapia e o correto cumprimento da medicação. No entanto, para casos selecionados, com a indicação de cirurgias que permitam o debridamento (debridar = retirar os tecidos mortos ou danificados) da lesão44, uma terapia de quatro a cinco meses pode ser suficiente.
Como evolui o Mal de Pott?
Os tratamentos atuais são altamente eficazes se a doença não é complicada por deformidade grave ou déficit neurológico estabelecido. Os tratamentos ou estratégias médicas e cirúrgicas combinadas podem controlar a doença na maioria dos pacientes.
Quais são as complicações possíveis do Mal de Pott?
O envolvimento tuberculoso da coluna vertebral1 tem potencial para causar morbidades preocupantes, incluindo déficits neurológicos permanentes e deformidades graves.
ABC.MED.BR, 2015. Mal de Pott: o que é isso?. Disponível em: . Acesso em: 27 ago. 2015.

Síndrome de Munchausen: você já conheceu alguém que "finge" estar doente?

Síndrome de Munchausen: você já conheceu alguém que "finge" estar doente?

terça-feira, 25 de agosto de 2015
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Síndrome de Munchausen: você já conheceu alguém que "finge" estar doente?
O que é a síndrome1 de Munchausen?
A síndrome1 de Munchausen, atual e preferencialmente chamada de transtorno fictício, é uma condição mental grave em que alguém engana os outros por parecer ou por ficar propositadamente doente ou autolesionar-se voluntariamente. A síndrome1 pode variar de leve a grave. A pessoa pode alegar sintomas2 ou mesmo adulterar e fraudar exames médicos para convencer as demais pessoas de que necessita de tratamentos complexos e de alto risco, como uma cirurgia, por exemplo. Alguns pacientes se fazem submeter a um grande número de cirurgias, com base em tais queixas, e têm o abdômen marcado por um tão grande número de cicatrizes3 que é costume referir-se a ele como “abdômen em mapa”.
Quais são as causas da síndrome1 de Munchausen?
Não se conhecem as causas exatas da síndrome1 de Munchausen, no entanto, as pessoas com este transtorno podem ter experimentado uma doença grave quando crianças ou jovens ou podem ter sido abusadas emocional ou fisicamente.
Vários fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento da síndrome1 de Munchausen, incluindo trauma ou doença grave durante a infância, um parente com uma doença grave, um sentimento prejudicado de autoestima, perda de um ente querido ou abandono no início da vida, transtornos de personalidade, desejo não realizado de ser médico ou de trabalhar no campo da saúde4.
Quais são os principais sinais5 e sintomas2 da síndrome1 de Munchausen?
Os pacientes alegam sintomas2 fictícios que imitam doenças, lesões6 fictícias ou de fato as produzem. Para evitar a descoberta de sua verdadeira condição essas pessoas representam sintomas2, infringem lesões6 a si mesmas e fraudam exames ou resultados deles, etc. Por isso pode ser difícil perceber que seus sintomas2 são realmente parte de um transtorno mental grave.
A síndrome1 de Munchausen imposta a outro (antes chamado de síndrome1 de Munchausen por procuração) é quando alguém transforma outra pessoa, geralmente uma criança, em suposta doente. Normalmente, isso envolve um dos pais e um de seus filhos ou filhas. As pessoas com síndrome1 de Munchausen podem, deliberadamente, exagerar sintomas2 realmente existentes, criar histórias fictícias e adulterar dados hereditários ou de doenças anteriores, falsificar registros médicos, fingir sintomas2, causar automutilações, contaminar intencionalmente os materiais colhidos para exames, tomar medicações que causam efeitos colaterais7, infectar feridas ou cortes, alterar instrumentos e tabelas médicas, etc.
Geralmente as pessoas com síndrome1 de Munchausen têm amplos conhecimentos de termos e doenças médicos e por isso podem parecer convincentes, levando a hospitalizações e cirurgias frequentes, embora seus sintomas2 sejam vagos e inconsistentes. Suas condições “pioram” sem razões aparentes ou não respondem da forma esperada às terapias padrão. Relutam em permitir que os profissionais de saúde4 falem sobre eles com a família ou amigos, que poderiam contestar suas alegações. Pessoas com síndrome1 de Munchausen podem se impor ou agravar doenças ou lesões6 até mesmo com risco de vida. Elas costumam buscar tratamentos de muitos médicos e hospitais diferentes, às vezes com um nome falso, e mostram grande ânsia de exames ou operações de risco.
Como o médico diagnostica a síndrome1 de Munchausen?
O diagnóstico8 desta síndrome1 é extremamente difícil. Esses pacientes mudam de médicos ou de hospitais tão logo se sintam reconhecidos. Diferentemente da simulação, em que as pessoas buscam obter benefícios práticos, aquelas com síndrome1 de Munchausen sabem o que estão fazendo, mas não compreendem as razões porque agem assim. O médico deve suspeitar da síndrome1 de Munchausen quando o histórico médico da pessoa não faz sentido, a doença não segue o curso normal ou não responde ao tratamento da forma esperada, os sintomas2 são inconsistentes ou contraditórios ou quando se descobre que a pessoa está mentindo ou causando sua lesão9.
Como o médico trata a síndrome1 de Munchausen?
A síndrome1 de Munchausen é difícil de tratar porque as pessoas com essa síndrome1 querem estar no papel de doente e são relutantes em procurar tratamento. Não há terapias padrão e raramente o paciente concorda em ser tratado por um profissional de saúde4 mental. No entanto, a ajuda psicológica é fundamental. O tratamento inclui psicoterapia e aconselhamento comportamental. Alegar para um paciente que ele sofre da síndrome1 de Munchausen pode funcionar para ele como uma acusação e torná-lo afetado, irritado e colocá-lo na “defensiva”, fazendo com que ele termine abruptamente o relacionamento com o médico e procure tratamento em outros lugares. Assim, o médico pode, a princípio, “admitir” os sintomas2 fingidos, em benefício de manter a relação. Medicamentos podem ser utilizados para tratar outras perturbações mentais que estejam presentes, tais como a depressão ou a ansiedade. Em casos graves, a hospitalização psiquiátrica temporária pode ser necessária.
Como prevenir a síndrome1 de Munchausen?
Como a causa da síndrome1 de Munchausen é ignorada, não há atualmente nenhuma maneira conhecida de preveni-la. O reconhecimento precoce da síndrome1 pode ajudar a evitar exames e tratamentos desnecessários e potencialmente perigosos.
Quais são as complicações possíveis da síndrome1 de Munchausen?
As complicações mais comuns das pessoas com síndrome1 de Munchausen são lesão9 ou morte por conduções autoinfligidas, cirurgias ou outros procedimentos supérfluos ou perda desnecessária de órgãos ou membros.
ABC.MED.BR, 2015. Síndrome de Munchausen: você já conheceu alguém que "finge" estar doente?. Disponível em: . Acesso em: 27 ago. 2015.

Pílula rosa: FDA aprova primeiro tratamento para disfunção sexual feminina

Pílula rosa: FDA aprova primeiro tratamento para disfunção sexual feminina

sexta-feira, 21 de agosto de 2015
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Pílula rosa: FDA aprova primeiro tratamento para disfunção sexual feminina
Existem no mercado 23 medicamentos para tratar a disfunção sexual masculina, mas só agora chega ao mercado americano o Addyi, uma opção terapêutica1 para mulheres com baixo desejo sexual, segundo Janet Woodcock, diretora do FDA’s Center for Drug Evaluation and Research (CDER).
O Transtorno de Desejo Sexual Hipoativo (TDSH ou HSDD) é caracterizado por baixo desejo sexual que causa acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal, que não seja decorrente de uma condição médica ou psiquiátrica co-existente, de problemas dentro do relacionamento ou de efeitos colaterais2 de algum outro medicamento ou substância.
Pacientes e profissionais de saúde3 devem compreender plenamente os riscos associados ao uso de Addyi antes de considerar o tratamento. Addyi pode causar hipotensão4 severa e perda de consciência (síncope5), sendo estes riscos maiores e mais graves quando o álcool ou alguns outros medicamentos (tais como inibidores do CYP3A4 moderados ou fortes) são usados junto com o Addyi, e também quando há insuficiência hepática6. Os profissionais de saúde3 devem avaliar a probabilidade de a paciente abster-se da ingestão de álcool de maneira confiável antes de prescrever Addyi.
Somente prescritores certificados devem prescrever esta nova medicação. Além disso, as farmácias devem ser certificadas por um programa específico para poder dispensá-la.
Addyi é um agonista7 do receptor 1A da serotonina e um antagonista8 do receptor 2A da serotonina, mas o mecanismo pelo qual ele melhora o desejo sexual e o desconforto associado não é conhecido. Addyi é administrado ao deitar, para ajudar a diminuir o risco de eventos adversos como hipotensão arterial9, síncope5 e depressão do sistema nervoso central10 (tais como sonolência e sedação11). As pacientes devem interromper o tratamento após oito semanas se não observarem melhora no desejo sexual e na angústia associada.
A eficácia da dose de 100 mg de Addyi ao deitar foi avaliada em três ensaios clínicos12 randomizados, duplo-cegos, controlados por placebo13, com a participação de 2.400 mulheres na pré-menopausa14 com HSDD. A idade média foi de 36 anos, com duração média do HSDD de aproximadamente cinco anos. Nestes ensaios, o tratamento com Addyi aumentou o número de eventos sexuais satisfatórios em meio a um evento adicional por mês em relação ao placebo13, aumentou o escore de desejo sexual de 0,3 a 0,4 em relação ao placebo13 e diminuiu a angústia relacionada ao baixo desejo sexual de 0,3 a 0,4 em relação ao placebo13. Nos três ensaios, cerca de 10% mais pacientes tratadas com Addyi do que as tratadas com placebo13 relataram melhorias significativas nos eventos sexuais satisfatórios, no desejo sexual e na diminuição da angústia. Addyi não mostrou melhorar o desempenho sexual.
Addyi é comercializado pela Sprout Pharmaceuticals, na Carolina do Norte.
Fonte: FDA NEWS RELEASE, de 18 de agosto de 2015
NEWS.MED.BR, 2015. Pílula rosa: FDA aprova primeiro tratamento para disfunção sexual feminina. Disponível em: . Acesso em: 27 ago. 2015.

Complementos

1 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
2 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
3 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
4 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
5 Síncope: Perda breve e repentina da consciência, geralmente com rápida recuperação. Comum em pessoas idosas. Suas causas são múltiplas: doença cerebrovascular, convulsões, arritmias, doença cardíaca, embolia pulmonar, hipertensão pulmonar, hipoglicemia, intoxicações, hipotensão postural, síncope situacional ou vasopressora, infecções, causas psicogênicas e desconhecidas.
6 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
7 Agonista: 1. Em farmacologia, agonista refere-se às ações ou aos estímulos provocados por uma resposta, referente ao aumento (ativação) ou diminuição (inibição) da atividade celular. Sendo uma droga receptiva. 2. Lutador. Na Grécia antiga, pessoa que se dedicava à ginástica para fortalecer o físico ou como preparação para o serviço militar.
8 Antagonista: 1. Opositor. 2. Adversário. 3. Em anatomia geral, que ou o que, numa mesma região anatômica ou função fisiológica, trabalha em sentido contrário (diz-se de músculo). 4. Em medicina, que realiza movimento contrário ou oposto a outro (diz-se de músculo). 5. Em farmácia, que ou o que tende a anular a ação de outro agente (diz-se de agente, medicamento etc.). Agem como bloqueadores de receptores. 6. Em odontologia, que se articula em oposição (diz-se de ou qualquer dente em relação ao da maxila oposta).
9 Hipotensão arterial: Diminuição da pressão arterial abaixo dos valores normais. Estes valores normais são 90 milímetros de mercúrio de pressão sistólica e 50 milímetros de pressão diastólica.
10 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
11 Sedação: 1. Ato ou efeito de sedar. 2. Aplicação de sedativo visando aliviar sensação física, por exemplo, de dor. 3. Diminuição de irritabilidade, de nervosismo, como efeito de sedativo. 4. Moderação de hiperatividade orgânica.
12 Ensaios clínicos: Há três fases diferentes em um ensaio clínico. A Fase 1 é o primeiro teste de um tratamento em seres humanos para determinar se ele é seguro. A Fase 2 concentra-se em saber se um tratamento é eficaz. E a Fase 3 é o teste final antes da aprovação para determinar se o tratamento tem vantagens sobre os tratamentos padrões disponíveis.
13 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
14 Menopausa: Estado fisiológico caracterizado pela interrupção dos ciclos menstruais normais, acompanhada de alterações hormonais em mulheres após os 45 anos.

McGill University faz primeiro transplante de células de ilhotas pancreáticas para tratar o diabetes tipo 1

McGill University faz primeiro transplante de células de ilhotas pancreáticas para tratar o diabetes tipo 1

quinta-feira, 20 de agosto de 2015
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McGill University faz primeiro transplante de células de ilhotas pancreáticas para tratar o diabetes tipo 1
O McGill University Health Centre (MUHC) realizou o primeiro transplante de ilhotas pancreáticas1 em Quebec, Canadá. A descoberta foi feita no MUHC após um complexo processo de isolamento de células2 das ilhotas3 do pâncreas4 de um doador, realizado no laboratório MUHC Human Islet Transplant Laboratory. O procedimento, que não precisa de cirurgia e reduz o tempo de hospitalização em dez vezes, é um avanço significativo no tratamento do diabetes5 do tipo 1 (DM1) e marca o primeiro passo no desenvolvimento de uma rede regional de uso desta nova terapia.
O diabetes5 tipo 1 (DM1), por vezes referido como diabetes5 autoimune6 ou juvenil, resulta da incapacidade do pâncreas4 de produzir insulina7 de maneira suficiente, causando interrupção da regulação do açúcar8 no organismo. A doença não pode ser evitada e exige um controle glicêmico ao longo da vida com injeções diárias de insulina7, a fim de evitar as graves complicações da doença, tais como cegueira, acidente vascular cerebral9, insuficiência renal10 e doenças cardiovasculares11.
Para alguns pacientes, o transplante de pâncreas4 pode ser uma opção de tratamento, mas existem riscos significativos e a cirurgia muitas vezes envolve atendimento especializado em UTI (Unidade de Terapia Intensiva12) e internação hospitalar longa. Já a infusão de ilhotas3, agrupamentos de células2 pancreáticas que produzem insulina7, é uma técnica não-cirúrgica que está começando a ser explorada em alguns centros médicos universitários, como uma alternativa ao transplante do órgão inteiro. Como este novo procedimento é minimamente invasivo, ele representa uma melhoria incrível para os pacientes, bem como para o sistema de saúde13, através da redução das taxas de risco e de infecção14, redução do tempo de recuperação e de internação.
Para a paciente Zohra Nabbus, portadora de diabetes tipo 115 durante 35 anos e já com um transplante renal16 devido a complicações do diabetes17, um transplante de pâncreas4 mal sucedido e sofrendo episódios frequentes de hipoglicemia18, o transplante de células2 de ilhota pancreática mudou rapidamente a sua vida. O processo começou em maio no Human Islet Transplant Laboratory onde as células2 das ilhotas3 foram separadas a partir do pâncreas4 de um doador - um processo delicado, que exigiu anos de investimento em tecnologia e perícia médica. Dois dias mais tarde, as ilhotas3 isoladas foram infundidas no fígado19 da paciente através de um pequeno cateter, no abdômen, sem a necessidade de cirurgia. Todo o procedimento foi realizado na sala de radiologia do Glen no MUHC. Uma vez que as células2 foram transfundidas no fígado19, a paciente começou a ser monitorada. Em poucos dias, ela começou a produzir insulina7 por conta própria e após várias semanas estava completamente livre das injeções diárias de insulina7, mostrando o sucesso do novo procedimento.
O MUHC vem desenvolvendo os conhecimentos necessários para realizar esse procedimento ao longo da última década e é o único centro no leste do Canadá, e um de apenas uma dúzia na América do Norte, capaz de isolar e transplantar células das ilhotas pancreáticas20 em seres humanos. Os cientistas pretendem criar uma rede, em que as células2 das ilhotas3 sejam processadas nesta instituição para infusão em outras unidades de saúde13 de Quebec. Esta equipe do MUHC é coordenada pelo Dr. Steven Paraskevas.
Este transplante é considerado um novo tratamento no Canadá e foi avaliado para ser expandido pela MUHC’s Technology Assessment Unit, assim como pela Food and Drug Administration (FDA), nos EUA. O processo já é reconhecido como uma terapia para o diabetes5 no Reino Unido e na Europa.
Fonte: McGill University, de 23 de julho de 2015
NEWS.MED.BR, 2015. McGill University faz primeiro transplante de células de ilhotas pancreáticas para tratar o diabetes tipo 1. Disponível em: . Acesso em: 27 ago. 2015.

Complementos

1 Ilhotas Pancreáticas: Estruturas microscópicas irregulares constituídas por cordões de células endócrinas espalhadas pelo PÂNCREAS entre os ácinos exócrinos. Cada ilhota é circundada por fibras de tecido conjuntivo e penetrada por uma rede de capilares. Há quatro tipos principais de células. As células beta, mais abundantes (50-80 por cento) secretam INSULINA. As células alfa (5-20 por cento) secretam GLUCAGON. As células PP (10-35 por cento) secretam o POLIPEPTÍDEO PANCREÁTICO. As células delta (aproximadamente 5 por cento) secretam SOMATOSTATINA.
2 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
3 Ilhotas: Grupo de células localizadas no pâncreas responsáveis pela produção de hormônios que ajudam o organismo a quebrar e utilizar os alimentos. Por exemplo, as células-alfa produzem glucagon e as células-beta produzem insulina. Também chamadas de células de Langerhans.
4 Pâncreas: Órgão nodular (no ABDOME) que abriga GLÂNDULAS ENDÓCRINAS e GLÂNDULAS EXÓCRINAS. A pequena porção endócrina é composta pelas ILHOTAS DE LANGERHANS, que secretam vários hormônios na corrente sangüínea. A grande porção exócrina (PÂNCREAS EXÓCRINO) é uma glândula acinar composta, que secreta várias enzimas digestivas no sistema de ductos pancreáticos (que desemboca no DUODENO).
5 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
6 Autoimune: 1. Relativo à autoimunidade (estado patológico de um organismo atingido por suas próprias defesas imunitárias). 2. Produzido por autoimunidade. 3. Autoalergia.
7 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
8 Açúcar: 1. Classe de carboidratos com sabor adocicado, incluindo glicose, frutose e sacarose. 2. Termo usado para se referir à glicemia sangüínea.
9 Acidente vascular cerebral: Conhecido popularmente como derrame cerebral, o acidente vascular cerebral (AVC) ou encefálico é uma doença que consiste na interrupção súbita do suprimento de sangue com oxigênio e nutrientes para o cérebro, lesando células nervosas, o que pode resultar em graves conseqüências, como inabilidade para falar ou mover partes do corpo. Há dois tipos de derrame, o isquêmico e o hemorrágico.
10 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
11 Doenças cardiovasculares: Doença do coração e vasos sangüíneos (artérias, veias e capilares).
12 Terapia intensiva: Tratamento para diabetes no qual os níveis de glicose são mantidos o mais próximo do normal possível através de injeções freqüentes ou uso de bomba de insulina, planejamento das refeições, ajuste em medicamentos hipoglicemiantes e exercícios baseados nos resultados de testes de glicose além de contatos freqüentes entre o diabético e o profissional de saúde.
13 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
14 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
15 Diabetes tipo 1: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada por deficiência na produção de insulina. Ocorre quando o próprio sistema imune do organismo produz anticorpos contra as células-beta produtoras de insulina, destruindo-as. O diabetes tipo 1 se desenvolve principalmente em crianças e jovens, mas pode ocorrer em adultos. Há tendência em apresentar cetoacidose diabética.
16 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
17 Complicações do diabetes: São os efeitos prejudiciais do diabetes no organismo, tais como: danos aos olhos, coração, vasos sangüíneos, sistema nervoso, dentes e gengivas, pés, pele e rins. Os estudos mostram que aqueles que mantêm os níveis de glicose do sangue, a pressão arterial e o colesterol próximos aos níveis normais podem ajudar a impedir ou postergar estes problemas.
18 Hipoglicemia: Condição que ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose, freqüentemente abaixo de 70 mg/dL, com aparecimento rápido de sintomas. Os sinais de hipoglicemia são: fome, fadiga, tremores, tontura, taquicardia, sudorese, palidez, pele fria e úmida, visão turva e confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma. É tratada com o consumo de alimentos ricos em carboidratos como pastilhas ou sucos com glicose. Pode também ser tratada com uma injeção de glucagon caso a pessoa esteja inconsciente ou incapaz de engolir. Também chamada de reação à insulina.
19 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
20 Células das Ilhotas Pancreáticas: Estruturas microscópicas irregulares constituídas por cordões de células endócrinas espalhadas pelo PÂNCREAS entre os ácinos exócrinos. Cada ilhota é circundada por fibras de tecido conjuntivo e penetrada por uma rede de capilares. Há quatro tipos principais de células. As células beta, mais abundantes (50-80 por cento) secretam INSULINA. As células alfa (5-20 por cento) secretam GLUCAGON. As células PP (10-35 por cento) secretam o POLIPEPTÍDEO PANCREÁTICO. As células delta (aproximadamente 5 por cento) secretam SOMATOSTATINA.

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