Wednesday, May 27, 2015

The Lancet: entre os agentes hipotensores quais são os melhores para diabéticos com doença renal?

The Lancet: entre os agentes hipotensores quais são os melhores para diabéticos com doença renal?

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The Lancet: entre os agentes hipotensores quais são os melhores para diabéticos com doença renal?
Uma comparação entre a eficácia e segurança dos agentes farmacológicos para reduzir a pressão arterial1 em adultos com diabetes2 e doença renal3 foi publicada pelo periódico The Lancet, com o intuito de diminuir as controvérsias que ainda existem sobre o assunto.
Investigando os benefícios e malefícios das medicações redutoras de pressão arterial1 em adultos diabéticos com doença renal3, administrados por via oral, cientistas da Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Itália fizeram uma meta-análise de rede de estudos randomizados de todo o mundo comparando os diferentes agentes de redução da pressão arterial1 nesta população de pacientes. Bases de dados eletrônicas (Cochrane Collaboration, Medline e Embase) foram pesquisadas sistematicamente, até janeiro de 2014, para encontrar os ensaios elegíveis. Os principais resultados foram todas as causas de mortalidade4 e o estágio final da doença renal3. Também foram avaliados a segurança secundária e os desfechos cardiovasculares.
Após análises estatísticas, 157 estudos compreendendo cerca de 43.000 participantes, a maioria com diabetes2 tipo 2 e doença renal3 crônica, foram incluídos na meta-análise de rede. Nenhum regime de drogas foi mais eficaz do que o placebo5 para reduzir a mortalidade4 por qualquer causa. No entanto, em comparação com o placebo5, a doença renal3 em fase terminal foi significativamente menos provável de acontecer após tratamento com um antagonista do receptor de angiotensina (ARA) em combinação com um inibidor da enzima6 conversora de angiotensina (IECA) e após monoterapia com ARA. Nenhum regime de drogas aumentou significativamente a hipercalemia ou a lesão7 renal3 aguda, embora a terapia com IECA combinado ao ARA teve a classificação mais baixa entre todas as intervenções devido aos aumentos marginais em riscos estimados desses danos (hipercalemia e insuficiência renal8 aguda).
Nenhuma estratégia de redução da pressão arterial1 aumentou a sobrevivência em adultos com diabetes2 e doença renal3. Os IECAs e os ARAs, isoladamente ou em combinação, foram as estratégias mais eficazes contra a fase final da doença renal3. Quaisquer benefícios do tratamento combinado com IECA e ARA precisam ser equilibrados com os possíveis danos de hipercalemia e de lesão7 renal3 aguda.
Este estudo foi financiado pela Canterbury Medical Research Foundation e Italian Medicines Agency.
Fonte: The Lancet, volume 385, número 9982, de 23 de maio de 2015
sexta-feira, 22 de maio de 2015
NEWS.MED.BR, 2015. The Lancet: entre os agentes hipotensores quais são os melhores para diabéticos com doença renal?. Disponível em: . Acesso em: 27 mai. 2015.

Complementos

1 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
2 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
3 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
4 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
5 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
6 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
7 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
8 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.

Depressão e diabetes: The Lancet Diabetes & Endocrinology lança série de três artigos sobre relação entre essas patologias

Depressão e diabetes: The Lancet Diabetes & Endocrinology lança série de três artigos sobre relação entre essas patologias

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Depressão e diabetes: The Lancet Diabetes & Endocrinology lança série de três artigos sobre relação entre essas patologias
A depressão é, pelo menos, duas vezes mais comum em pessoas com diabetes1 do que na população em geral, mas isto é frequentemente subdiagnosticado e subtratado. Como a depressão crônica pode reduzir a adesão ao tratamento e piorar o controle glicêmico, há uma necessidade urgente de melhorar o diagnóstico2 clínico e o tratamento para minimizar o risco de complicações do diabetes3 no longo prazo e melhorar a qualidade de vida.
Segue um pequeno resumo dos três artigos publicados pelo The Lancet Diabetes1 & Endocrinology.
Concepções sobre depressão e angústia diabética: momento de avaliação
A depressão está presente em cerca de 20% das pessoas com diabetes1 em todo o mundo, afetando negativamente a qualidade de vida e o tratamento. As causas da depressão em diabéticos estão mal compreendidas, mas pesquisas sugerem uma associação bidirecional, pelo menos para a diabetes tipo 24. Achados inconsistentes a respeito da prevalência5 e do tratamento da depressão e os resultados para os pacientes com diabetes1 parecem em parte atribuíveis às incoerências na definição da depressão e em distingui-la da angústia diabética, um conceito psicológico relacionado à depressão.
Foram revisadas evidências sugerindo que a angústia diabética e a depressão são concepções correlacionadas e sobrepostas, mas não intercambiáveis. De forma importante, a angústia diabética parece mediar a associação entre depressão e controle glicêmico. Os estudiosos propuseram um modelo para explicar os efeitos diretos e indiretos da depressão e da angústia diabética no controle da glicemia6. Além disso, sugeriram três perfis de sintomas7 distintos para definir a depressão em pacientes com diabetes1 que podem ajudar nas intervenções a serem tomadas com esses pacientes.
Pesquisas futuras devem se concentrar em outros perfis de refinamento do estudo da depressão em pacientes com diabetes1, levando em conta a história natural das doenças, as características clínicas e a angústia diabética. A avaliação da angústia diabética e da depressão na investigação e na prática clínica será essencial para identificar pacientes de alto risco e com diferentes necessidades em relação à saúde8 mental.
A ligação entre depressão e diabetes1: em busca de mecanismos compartilhados
Crescem as evidências de que a depressão e o diabetes1 tipo 2 têm origens biológicas em comum, particularmente uma maior ativação da imunidade9 inata que conduz a uma resposta inflamatória mediada por citocina e, potencialmente, através da desregulação do eixo hipotálamo10-hipófise11-adrenal. Ao longo da vida, estas vias podem conduzir à resistência à insulina12, doença cardiovascular, depressão, aumento do risco de diabetes tipo 24 e aumento da mortalidade13. Citocinas pró-inflamatórias podem afetar diretamente o cérebro, causando sintomas7 depressivos. Na diabetes tipo 114, os mediadores de depressão não são bem estudados, com a investigação sendo dificultada por definições inconsistentes e escassez de pesquisas. As evidências sugerem que as relações familiares e o peso de uma doença com início precoce ao longo da vida no desenvolvimento da personalidade podem contribuir para o aumento da vulnerabilidade à depressão.
No geral, pesquisas longitudinais são necessárias para identificar fatores de risco e mecanismos da depressão em pacientes com diabetes1, particularmente com início em fase precoce da vida. Em última análise, uma melhor compreensão das origens comuns dessas duas patologias poderia proporcionar tratamentos potenciais e melhorar o tratamento de ambas as doenças. Estas origens comuns são alvos para a prevenção primária do diabetes tipo 24.
Depressão e diabetes1: tratamento e cuidados com a saúde8
Apesar dos esforços de investigação nos últimos 20 anos, a evidência científica sobre a triagem e o tratamento da depressão em diabéticos continua incompleta e está principalmente focada em sistemas europeus e norte-americanos de saúde8. Instrumentos validados para a detecção da depressão em pacientes com diabetes1, embora amplamente disponíveis, só se tornam eficazes e, portanto, recomendados se as vias de tratamentos subsequentes são acessíveis, o que muitas vezes não é o caso.
Por causa dos efeitos adversos conhecidos da interação entre depressão e diabetes1, os objetivos do tratamento devem focar na remissão ou melhoria da depressão, bem como na melhoria do controle glicêmico como um marcador para os resultados subsequentes no diabetes1. A evidência científica que avaliou o tratamento para a depressão em pacientes com diabetes tipo 114 e tipo 2 mostra que a depressão pode ser tratada com sucesso moderado com várias intervenções psicológicas e farmacológicas, que muitas vezes são executadas através de cuidados de colaboração e abordagens passo-a-passo.
A evidência para um melhor controle glicêmico no tratamento da depressão, usando inibidores seletivos da recaptação da serotonina ou abordagens psicológicas, é conflitante; apenas algumas análises mostram melhorias pequenas ou moderadas no controle glicêmico. Novas pesquisas são necessárias para avaliar o tratamento dos diferentes subtipos de depressão em pessoas com diabetes1, a relação custo-eficácia dos tratamentos, o uso de recursos de saúde8, a necessidade de considerar as diferenças culturais e os diferentes sistemas de cuidados de saúde8 e novas abordagens para o tratamento e para a prevenção.
segunda-feira, 25 de maio de 2015 - Atualizado em 26/05/2015
NEWS.MED.BR, 2015. Depressão e diabetes: The Lancet Diabetes & Endocrinology lança série de três artigos sobre relação entre essas patologias. Disponível em: . Acesso em: 27 mai. 2015.

Complementos

1 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
2 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
3 Complicações do diabetes: São os efeitos prejudiciais do diabetes no organismo, tais como: danos aos olhos, coração, vasos sangüíneos, sistema nervoso, dentes e gengivas, pés, pele e rins. Os estudos mostram que aqueles que mantêm os níveis de glicose do sangue, a pressão arterial e o colesterol próximos aos níveis normais podem ajudar a impedir ou postergar estes problemas.
4 Diabetes tipo 2: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada tanto por graus variáveis de resistência à insulina quanto por deficiência relativa na secreção de insulina. O tipo 2 se desenvolve predominantemente em pessoas na fase adulta, mas pode aparecer em jovens.
5 Prevalência: Número de pessoas em determinado grupo ou população que são portadores de uma doença. Número de casos novos e antigos desta doença.
6 Glicemia: Valor de concentração da glicose do sangue. Seus valores normais oscilam entre 70 e 110 miligramas por decilitro de sangue (mg/dl).
7 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
8 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
9 Imunidade: Capacidade que um indivíduo tem de defender-se perante uma agressão bacteriana, viral ou perante qualquer tecido anormal (tumores, enxertos, etc.).
10 Hipotálamo: Pequena área no sistema nervosa central responsável por fenômenos vitais dentro do organismo animal, tais como o comando da endocrinologia em geral, exercendo ação direta sobre a hipófise e indireta sobre outras glândulas (adrenal, gônadas, tiroide e mamárias) e ainda sobre os tecidos muscular, ósseo e as vísceras. Possui células sensíveis aos níveis circulantes de esteroides, glicocorticoides, hormônios tireoideanos e outros hormônios. Também age sobre a regulação do metabolismo, influenciando o sono/vigília, fome, sede, etc.
12 Resistência à insulina: Inabilidade do corpo para responder e usar a insulina produzida. A resistência à insulina pode estar relacionada à obesidade, hipertensão e altos níveis de colesterol no sangue.
13 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
14 Diabetes tipo 1: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada por deficiência na produção de insulina. Ocorre quando o próprio sistema imune do organismo produz anticorpos contra as células-beta produtoras de insulina, destruindo-as. O diabetes tipo 1 se desenvolve principalmente em crianças e jovens, mas pode ocorrer em adultos. Há tendência em apresentar cetoacidose diabética.

Aumento do IMC e da VHS na adolescência podem ter relação com o risco de câncer colorretal na fase adulta, publicado pelo periódico Gut

Aumento do IMC e da VHS na adolescência podem ter relação com o risco de câncer colorretal na fase adulta, publicado pelo periódico Gut

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Aumento do IMC e da VHS na adolescência podem ter relação com o risco de câncer colorretal na fase adulta, publicado pelo periódico Gut
Obesidade1 e inflamação2 em adultos têm sido associadas ao risco de câncer3 colorretal (CCR). No entanto, pouco se sabe sobre como o índice de massa corporal4 (IMC5) do adolescente e a inflamação2 nesta faixa etária, medida pela taxa de sedimentação de eritrócitos6 (ESR) ou velocidade de hemossedimentação7 (VHS8), podem estar relacionados ao risco de CCR. Cientistas norte-americanos e suecos avaliaram essas associações em uma coorte9 de 239.658 homens suecos que realizaram exames de alistamento militar obrigatório no final da adolescência (idades entre 16 e 20 anos).
No momento do recrutamento (1969-1976), a altura e o peso foram medidos e a VHS8 foi dosada. Por ligação ao registro nacional de câncer3, esses recrutas foram seguidos para o risco de câncer3 colorretal (CCR) até 1° de janeiro de 2010. Aqueles com uma história de doença inflamatória do intestino foram excluídos. Durante uma média de 35 anos de acompanhamento, 885 casos de CCR ocorreram, incluindo 501 tumores do cólon10 e 384 tipos de câncer3 retal. A regressão de Cox foi utilizada nas análises estatísticas.
Comparados com adolescentes de peso normal (IMC5 de 18,5 a <25 adolesc="" aqueles="" class="postTip word_cnt_3564607_6" com="" da="" final="" kg="" m="" ncia="" no="" span="" style="font-family: inherit;">sobrepeso
11 (IMC5 de 27,5 a <30 2="" a="" apresentaram="" de="" href="http://www.abc.med.br/p/cancer/30468/cancer+colorretal.htm" kg="" m="" maior="" risco="" target="_blank" um="" vezes="">CCR (IC 95% 1,40-3,07) e aqueles com obesidade1 (IMC5 ≥ 30 kg/m²) apresentaram um risco 2,38 vezes maior de CCR (IC 95% 1,51-3,76) (P-tendência<0 adolescentes="" class="postTip word_cnt_3564607_12" com="" do="" masculino="" sexo="" span="" style="font-family: inherit;">VHS8 maior que 15 mm/hora tiveram um risco 63% maior de CCR do que aqueles com VHS8 menor que 10 mm/hora (P-tendência: 0,006). As associações não diferiram significativamente pelo local anatômico do tumor12. Concluiu-se que o IMC5 e a inflamação2 medida pelo VHS8, no final da adolescência, podem estar associados de forma independente com o risco futuro de câncer3 colorretal. Mais pesquisas são necessárias para entender melhor como algumas exposições no início da vida podem se relacionar com riscos de câncer3 colorretal no futuro.
Fonte: Gut, publicação online, de 18 de maio de 2015
terça-feira, 26 de maio de 2015
NEWS.MED.BR, 2015. Aumento do IMC e da VHS na adolescência podem ter relação com o risco de câncer colorretal na fase adulta, publicado pelo periódico Gut. Disponível em: . Acesso em: 27 mai. 2015.

Complementos

1 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
2 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
3 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
4 Índice de massa corporal: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
5 IMC: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
6 Eritrócitos: Células vermelhas do sangue. Os eritrócitos maduros são anucleados, têm forma de disco bicôncavo e contêm HEMOGLOBINA, cuja função é transportar OXIGÊNIO. Sinônimos: Corpúsculos Sanguíneos Vermelhos; Corpúsculos Vermelhos Sanguíneos; Corpúsculos Vermelhos do Sangue; Glóbulos Vermelhos; Hemácias
7 Velocidade de hemossedimentação: É a velocidade com que os glóbulos vermelhos se separam do “soro” e se depositam no fundo de um tubo de ensaio, se este tubo com sangue é deixado parado (com anticoagulante). Os glóbulos vermelhos (hemácias) são puxados para baixo pela gravidade e tendem a se aglomerar no fundo do tubo. No entanto, eles são cobertos por cargas elétricas negativas e, quando vão se aproximando do fundo, repelem-se umas às outras, como cargas iguais de ímãs. Essa força magnética de repulsão se contrapõe à gravidade e naturalmente diminui a velocidade com que as hemácias caem. Se junto com as hemácias, nadando no plasma, haja outras estruturas de cargas positivas, estas vão anular as cargas negativas das hemácias e também a repulsão magnética entre elas, permitindo sua aglutinação. Neste caso a gravidade age sozinha e a velocidade com que elas caem (velocidade de hemossedimentação) é acelerada. O VHS é expresso como o número de milímetros que o sangue sedimentou (no tubo) no espaço de uma hora (mm/h).
8 VHS: É a velocidade com que os glóbulos vermelhos se separam do “soro” e se depositam no fundo de um tubo de ensaio, se este tubo com sangue é deixado parado (com anticoagulante). Os glóbulos vermelhos (hemácias) são puxados para baixo pela gravidade e tendem a se aglomerar no fundo do tubo. No entanto, eles são cobertos por cargas elétricas negativas e, quando vão se aproximando do fundo, repelem-se umas às outras, como cargas iguais de ímãs. Essa força magnética de repulsão se contrapõe à gravidade e naturalmente diminui a velocidade com que as hemácias caem. Se junto com as hemácias, nadando no plasma, haja outras estruturas de cargas positivas, estas vão anular as cargas negativas das hemácias e também a repulsão magnética entre elas, permitindo sua aglutinação. Neste caso a gravidade age sozinha e a velocidade com que elas caem (velocidade de hemossedimentação) é acelerada. O VHS é expresso como o número de milímetros que o sangue sedimentou (no tubo) no espaço de uma hora (mm/h).
9 Coorte: Grupo de indivíduos que têm algo em comum ao serem reunidos e que são observados por um determinado período de tempo para que se possa avaliar o que ocorre com eles. É importante que todos os indivíduos sejam observados por todo o período de seguimento, já que informações de uma coorte incompleta podem distorcer o verdadeiro estado das coisas. Por outro lado, o período de tempo em que os indivíduos serão observados deve ser significativo na história natural da doença em questão, para que haja tempo suficiente do risco se manifestar.
11 Sobrepeso: Peso acima do normal, índice de massa corporal entre 25 e 29,9.
12 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.

Wednesday, May 20, 2015

ASCO: vitamina B3 pode diminuir risco de câncer de pele não melanoma

ASCO: vitamina B3 pode diminuir risco de câncer de pele não melanoma

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ASCO: vitamina B3 pode diminuir risco de câncer de pele não melanoma
Um ano de tratamento com nicotinamida, uma forma de vitamina1 B3, reduziu significativamente (em 23%) o risco de câncer2 de pele3 não melanoma4 em pacientes de alto risco, mostrou um estudo australiano que será apresentado na reunião anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO).
Pessoas que usaram nicotinamida apresentaram 23% menos novas lesões5 não melanoma4, em comparação com pessoas que não usaram o agente. Todos os 386 participantes do estudo tinham uma história importante de câncer2 de pele3 prévio, aumentando o risco de lesões5 adicionais.
Durante o acompanhamento, após a fase aleatória do estudo, os pacientes que interromperam a nicotinamida perderam a proteção e desenvolveram novos cânceres de pele3, o que sugere a necessidade de tratamento contínuo. Os resultados do teste não devem ser extrapolados para outras formas de vitamina1 B3, como a niacina (ácido nicotínico).
Estudos pré-clínicos e clínicos sugerem que a nicotinamida fornece energia para as células6 da pele3 danificadas pelo sol, restaurando a capacidade para reparar danos no DNA, bem como a imunidade7 inata da pele3. Em estudos de fase II, Diona Damian e colegas da Universidade de Sydney, na Austrália, descobriram que a nicotinamida reduzia a formação de ceratose actínica - um precursor maligno - e induzia a regressão de lesões5 de ceratoses actínicas existentes.
Para examinar o efeito de nicotinamida sobre o câncer2 de pele3 não melanoma4, os investigadores inscreveram 386 pacientes que tinham uma história de pelo menos dois tipos de câncer2 de pele3 nos últimos 5 anos. Em média, a população do estudo tinha oito cânceres de pele3 (e no máximo 52), dentro dos cinco anos anteriores à pesquisa, sendo pacientes de alto risco.
Os pacientes foram randomizados para receber nicotinamida duas vezes ao dia ou placebo8 e foram acompanhados por 12 meses. As consultas de acompanhamento foram feitas com intervalos de três meses, novos cânceres de pele3 foram excisados ou biopsiados.
O resultado primário foi a incidência9 de novos cânceres de pele3 não melanoma4 (basais e de células6 escamosas), após 12 meses de tratamento randomizado10. A variável secundária foi a incidência9 de novas ceratoses actínicas.
Os resultados mostraram que os pacientes tratados com placebo8 tinham uma contagem média de câncer2 de pele3 de 2,42 contra 1,77 para o grupo da nicotinamida, uma diferença que representou uma redução de 23% no risco relativo. Efeitos semelhantes foram observados para carcinoma11 basal e lesões5 de células6 escamosas.
A nicotinamida não causa os efeitos colaterais12 frequentemente observados o com ácido nicotínico, outra forma de vitamina1 B3, tais como dor de cabeça13, rubor e hipotensão14. Mas só deve ser usada com prescrição médica. A frequência e a gravidade de eventos adversos foram semelhantes entre os grupos nicotinamida e placebo8.
Fonte: American Society of Clinical Oncology (ASCO)
terça-feira, 19 de maio de 2015
NEWS.MED.BR, 2015. ASCO: vitamina B3 pode diminuir risco de câncer de pele não melanoma. Disponível em: . Acesso em: 20 mai. 2015.

Complementos

1 Vitamina: Compostos presentes em pequenas quantidades nos diversos alimentos e nutrientes e que são indispensáveis para o desenvolvimento dos processos biológicos normais.
2 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
3 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
4 Melanoma: Neoplasia maligna que deriva dos melanócitos (as células responsáveis pela produção do principal pigmento cutâneo). Mais freqüente em pessoas de pele clara e exposta ao sol.Podem derivar de manchas prévias que mudam de cor ou sangram por traumatismos mínimos, ou instalar-se em pele previamente sã.
5 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
6 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
7 Imunidade: Capacidade que um indivíduo tem de defender-se perante uma agressão bacteriana, viral ou perante qualquer tecido anormal (tumores, enxertos, etc.).
8 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
9 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
10 Randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle – o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
11 Carcinoma: Tumor maligno ou câncer, derivado do tecido epitelial.
12 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
14 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.

JAMA publica revisão sobre diagnóstico e tratamento da acalásia

JAMA publica revisão sobre diagnóstico e tratamento da acalásia

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JAMA publica revisão sobre diagnóstico e tratamento da acalásia
A acalásia afeta significativamente a qualidade de vida dos pacientes e pode ser difícil diagnosticá-la e tratá-la. A revisão da literatura foi feita com pesquisa de artigos no MEDLINE a partir de janeiro de 2004 a fevereiro de 2015. Um total de 93 artigos foi incluído na revisão final abordando aspectos da epidemiologia, fisiopatologia1, diagnóstico2, tratamento e resultados sobre acalásia. Nove ensaios clínicos3 randomizados com foco em terapia endoscópica ou cirúrgica para acalásia foram incluídos (734 pacientes no total).
Um diagnóstico2 de acalásia deve ser considerado quando os pacientes apresentam disfagia4, dor no peito5 e sintomas6 de refluxo refratários7 após uma endoscopia8 não revelar uma obstrução mecânica ou uma causa inflamatória de sintomas6 relativos ao esôfago9. A manometria deve ser realizada se houver suspeita de acalásia. Ensaios clínicos3 randomizados apoiam tratamentos voltados para fazer a dilatação pneumática do esfíncter10 inferior do esôfago9 (70% - 90% de eficácia) ou miotomia laparoscópica (88% - 95% de eficácia). Os pacientes com acalásia têm um prognóstico11 variável após endoscopia8 ou miotomia cirúrgica baseado nos subtipos de acalásia que apresentam. O tipo II (peristaltismo12 ausente com padrões anormais de alta pressão panesofágica) tendo um resultado muito favorável (96%) e o tipo I (peristaltismo12 ausente sem pressão anormal) tendo um prognóstico11 intermediário (81%) que está inversamente relacionado ao grau de dilatação esofágica. Em contraste, o tipo III (peristaltismo12 ausente com contrações espásticas do esôfago9 distal) é uma variante espástica com resultados menos favoráveis (66%) após o tratamento do esfíncter10 inferior do esôfago9.
Concluiu-se, nesta revisão, que a acalásia deve ser considerada quando a disfagia4 está presente e não explicada por uma obstrução ou processo inflamatório. As respostas ao tratamento variam com base em qual subtipo de acalásia está presente.
Fonte: The Journal of the American Medical Association (JAMA), volume 313, número 18, de 12 de maio de 2015
segunda-feira, 18 de maio de 2015 - Atualizado em 19/05/2015
NEWS.MED.BR, 2015. JAMA publica revisão sobre diagnóstico e tratamento da acalásia. Disponível em: . Acesso em: 20 mai. 2015.

Complementos

1 Fisiopatologia: Estudo do conjunto de alterações fisiológicas que acontecem no organismo e estão associadas a uma doença.
2 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
3 Ensaios clínicos: Há três fases diferentes em um ensaio clínico. A Fase 1 é o primeiro teste de um tratamento em seres humanos para determinar se ele é seguro. A Fase 2 concentra-se em saber se um tratamento é eficaz. E a Fase 3 é o teste final antes da aprovação para determinar se o tratamento tem vantagens sobre os tratamentos padrões disponíveis.
4 Disfagia: Sensação consciente da passagem dos alimentos através do esôfago. Pode estar associado a doenças motoras, inflamatórias ou tumorais deste órgão.
5 Peito: Parte superior do tronco entre o PESCOÇO e o ABDOME; contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. (Tradução livre do original
6 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
7 Refratários: 1. Que resiste à ação física ou química. 2. Que resiste às leis ou a princípios de autoridade. 3. No sentido figurado, que não se ressente de ataques ou ações exteriores; insensível, indiferente, resistente. 4. Imune a certas doenças.
8 Endoscopia: Método no qual se visualiza o interior de órgãos e cavidades corporais por meio de um instrumento óptico iluminado.
9 Esôfago: Segmento muscular membranoso (entre a FARINGE e o ESTÔMAGO), no TRATO GASTRINTESTINAL SUPERIOR.
10 Esfíncter: Estrutura muscular que contorna um orifício ou canal natural, permitindo sua abertura ou fechamento, podendo ser constituído de fibras musculares lisas e/ou estriadas.
11 Prognóstico: 1. Juízo médico, baseado no diagnóstico e nas possibilidades terapêuticas, em relação à duração, à evolução e ao termo de uma doença. Em medicina, predição do curso ou do resultado provável de uma doença; prognose. 2. Predição, presságio, profecia relativos a qualquer assunto. 3. Relativo a prognose. 4. Que traça o provável desenvolvimento futuro ou o resultado de um processo. 5. Que pode indicar acontecimentos futuros (diz-se de sinal, sintoma, indício, etc.). 6. No uso pejorativo, pernóstico, doutoral, professoral; prognóstico.
12 Peristaltismo: Conjunto das contrações musculares dos órgãos ocos, provocando o avanço de seu conteúdo; movimento peristáltico, peristalse.

Dieta mediterrânea ajuda a prevenir o declínio cognitivo relacionado à idade: ensaio clínico randomizado publicado pelo JAMA Internal Medicine

Dieta mediterrânea ajuda a prevenir o declínio cognitivo relacionado à idade: ensaio clínico randomizado publicado pelo JAMA Internal Medicine

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Dieta mediterrânea ajuda a prevenir o declínio cognitivo relacionado à idade: ensaio clínico randomizado publicado pelo JAMA Internal Medicine
Acredita-se que o estresse oxidativo e o comprometimento vascular1 podem mediar parcialmente o declínio cognitivo2 relacionado à idade, um forte fator de risco3 para o desenvolvimento de demência4. Estudos epidemiológicos sugerem que a dieta mediterrânea5, um padrão de dieta cardioprotetora rica em antioxidantes, atrase o declínio cognitivo2, mas ainda faltam evidências em ensaios clínicos6 para validar tal hipótese.
Com o objetivo de investigar se uma dieta mediterrânea5 suplementada com alimentos ricos em antioxidantes influencia a função cognitiva7, em comparação com uma dieta controle, foi realizado um ensaio clínico com voluntários de Barcelona, na Espanha.
O ensaio clínico randomizado8 com 447 voluntários cognitivamente saudáveis (233 mulheres [52,1%]; média de idade de 66,9 anos), com alto risco cardiovascular estavam matriculados no estudo Prevención con Dieta Mediterránea (1° de outubro de 2003 a 31 de dezembro de 2009). Todos os pacientes foram submetidos à avaliação neuropsicológica quando de sua inclusão e foram testados novamente no final do estudo.
Os participantes foram aleatoriamente designados a receber uma dieta mediterrânea5 suplementada com azeite extravirgem (1 litro/semana), uma dieta mediterrânea5 suplementada com nozes variadas (30 g/dia), ou uma dieta controle (com a recomendação para diminuir o consumo de gordura9 na dieta).
Os principais resultados e medidas de escores de mudança cognitiva7 ao longo do tempo foi baseada em uma série de testes neuropsicológicos: Mini-Mental State Examination, Rey Auditory Verbal Learning Test (RAVLT), Animals Semantic Fluency, Digit Span (subteste da Wechsler Adult Intelligence Scale), Verbal Paired Associates da Wechsler Memory Scale, e o Color Trail Test.
Os testes cognitivos10 de acompanhamento estavam disponíveis para 334 participantes após a intervenção. Em análises multivariadas ajustadas para fatores de confusão, os participantes que receberam uma dieta mediterrânea5 com mais azeite extravirgem obtiveram melhores resultados no RAVLT (P=0,049) e Color Trail Test parte 2 (P=0,04) em comparação com os controles; não foram observadas diferenças entre os grupos para os outros testes cognitivos10.
Os resultados mostraram que, em uma população mais velha, a dieta mediterrânea5 suplementada com azeite extravirgem ou com nozes ajuda na melhoria da função cognitiva7.
Fonte: JAMA Internal Medicine, publicação online, de 11 de maio de 2015
quinta-feira, 14 de maio de 2015
NEWS.MED.BR, 2015. Dieta mediterrânea ajuda a prevenir o declínio cognitivo relacionado à idade: ensaio clínico randomizado publicado pelo JAMA Internal Medicine. Disponível em: . Acesso em: 20 mai. 2015.

Complementos

1 Vascular: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
2 Cognitivo: 1. Relativo ao conhecimento, à cognição. 2. Relativo ao processo mental de percepção, memória, juízo e/ou raciocínio. 3. Diz-se de estados e processos relativos à identificação de um saber dedutível e à resolução de tarefas e problemas determinados. 4. Diz-se dos princípios classificatórios derivados de constatações, percepções e/ou ações que norteiam a passagem das representações simbólicas à experiência, e também da organização hierárquica e da utilização no pensamento e linguagem daqueles mesmos princípios.
3 Fator de risco: Qualquer coisa que aumente a chance de uma pessoa desenvolver uma doença.
4 Demência: Deterioração irreversível e crônica das funções intelectuais de uma pessoa.
5 Dieta Mediterrânea: Alimentação rica em carboidratos, fibras, elevado consumo de verduras, legumes e frutas (frescas e secas) e pobre em ácidos graxos saturados. É recomendada uma ingestão maior de gordura monoinsaturada em decorrência da grande utilização do azeite de oliva. Além de vinho.
6 Ensaios clínicos: Há três fases diferentes em um ensaio clínico. A Fase 1 é o primeiro teste de um tratamento em seres humanos para determinar se ele é seguro. A Fase 2 concentra-se em saber se um tratamento é eficaz. E a Fase 3 é o teste final antes da aprovação para determinar se o tratamento tem vantagens sobre os tratamentos padrões disponíveis.
7 Cognitiva: 1. Relativa ao conhecimento, à cognição. 2. Relativa ao processo mental de percepção, memória, juízo e/ou raciocínio. 3. Diz-se de estados e processos relativos à identificação de um saber dedutível e à resolução de tarefas e problemas determinados. 4. Diz-se dos princípios classificatórios derivados de constatações, percepções e/ou ações que norteiam a passagem das representações simbólicas à experiência, e também da organização hierárquica e da utilização no pensamento e linguagem daqueles mesmos princípios.
8 Randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle – o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
9 Gordura: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Os alimentos que fornecem gordura são: manteiga, margarina, óleos, nozes, carnes vermelhas, peixes, frango e alguns derivados do leite. O excesso de calorias é estocado no organismo na forma de gordura, fornecendo uma reserva de energia ao organismo.
10 Cognitivos: 1. Relativo ao conhecimento, à cognição. 2. Relativo ao processo mental de percepção, memória, juízo e/ou raciocínio. 3. Diz-se de estados e processos relativos à identificação de um saber dedutível e à resolução de tarefas e problemas determinados. 4. Diz-se dos princípios classificatórios derivados de constatações, percepções e/ou ações que norteiam a passagem das representações simbólicas à experiência, e também da organização hierárquica e da utilização no pensamento e linguagem daqueles mesmos princípios.

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