Sunday, July 29, 2007

Substância branca está relacionada à esquizofrenia - Scientific American Brasil

Substância branca está relacionada à esquizofrenia - Scientific American Brasil

Esclerose múltipla

29/07/2007 - 16h40
Esclerose múltipla: cientistas identificam novos fatores de risco genético
Da AFP, em Paris
Cientistas anunciam a descoberta de dois novos genes suscetíveis de aumentar o risco de uma pessoa vir a sofrer de esclerose múltipla, uma doença inflamatória que afeta a medula espinhal e o cérebro, segundo estudos publicados neste domingo.

Estas pesquisas podem trazer um novo esclarecimento sobre as causas da esclerose múltipla, provavelmente ligadas a uma interação entre a suscetibilidade genética e fatores ambientais.

Entre as pessoas que sofrem de esclerose múltipla, por motivos ainda pouco compreendidos, o sistema imunológico ataca a bainha de mielina, dispositivo responsável por recobrir e isolar as fibras nervosas, e que desempenha um papel isolante como se faz com os fios elétricos. Esta destruição causa uma espécie de "curto-circuito", obstruindo a passagem do fluxo nervoso e causando problemas principalmente na motricidade, no equilíbrio, na fala ou na visão.

Vários genes envolvidos no desenvolvimento da doença já haviam sido identificados nos anos 70 no cromossomo 6.

Os resultados publicados neste domingo na Nature Genetics e no New England Journal of Medicine representam um novo avanço 30 anos depois, de acordo com as equipes de pesquisadores americanos e europeus que compararam as seqüências de DNA de milhões de pacientes que sofrem de esclerose múltipla com as de pessoas que não têm a doença.

Os novos genes identificados controlam a fabricação dos receptores de interleucina (interleucina-7, IL-7 e IL-2), proteínas que servem como "antenas" na interface das células imunológicas. As mínimas variações da seqüência destes genes trazem um risco adicional de 20% a 30% de o paciente vir a desenvolver a esclerose múltipla.

Entre as pessoas infectadas, a seqüência particular (variante) de um gene situado no cromossomo 5 levaria a uma menor presença de receptores IL-7 na superfície das células, mas traria também uma maior concentração delas dentro do soro sangüíneo, de acordo com o trabalho de Jonathan Haines e de seus colegas. Isso resultaria uma alteração da atividade do sistema imunológico.

Os pesquisadores também identificaram as variações do gene IL-2R (receptor alfa para a interleucina 2), cujo envolvimento com outras doenças imunológicas já foram identificadas, entre elas a diabetes tipo 1.

"Cada gene contribui para apenas uma parte do risco. A grande questão é compreender como eles interagem uns com os outros", segundo David Hafler, da Harvard Medical School, nos Estados Unidos.

Os genes com suscetibilidade à esclerose múltipla descobertos nos anos 70 diziam respeito ao sistema de identidade do tecido, ou seja, proteínas destinadas a permitir ao sistema imunológico distinguir o que é seu daquilo que não é, e então de saber identificar as células de nosso próprio corpo, sem confundir com os microorganismos invasores.

Alzheimer

Vale a pena ler...




Roberto Goldkorn é psicólogo e escritor


Meu pai está com Alzheimer. Logo ele, que durante toda vida se dizia 'o Infalível'. Logo ele, que um dia, ao tentar me ensinar matemática, disse que as minhas orelhas eram tão grandes que batiam no teto. Logo ele que repetiu, ao longo desses 54 anos de convivência, o nome do músculo do pescoço que aprendeu quando tinha treze anos e que nunca mais esqueceu: esternocleidomastóideo. O diagnóstico médico ainda não é conclusivo, mas, para mim, basta saber que ele esquece o meu nome, mal anda, toma líquidos de canudinho, não consegue terminar uma frase, nem controla mais suas funções fisiológicas, e tem os famosos delírios paranóicos comuns nas demências tipo Alzheimer.
Aliás, fico até mais tranqüilo diante do 'eu não sei ao certo' dos médicos; prefiro isso ao 'estou absolutamente certo de que...', frase que me dá arrepios. Há trinta anos, não ouvia sequer uma menção a essa doença maldita. Hoje, precisaria ter o triplo de dedos nas mãos para contar os casos relatados por amigos e clientes em suas famílias.
O que está acontecendo? Estamos diante de um surto de Alzheimer?
Finalmente nossos hábitos de vida 'moderna' estão enviando a conta?
O que os pesquisadores sabem de verdade sobre a doença?
Qual é o lado oculto dessa manifestação tão dolorosa?
Lendo o material disponível, chega-se a uma conclusão: essa é uma doença extremamente complexa, camaleônica, de muitas faces e ainda carregada de mistérios.
Sabe-se, por exemplo, que há um componente genético. Por outro lado, o Dr. William Grant fez uma pesquisa que complicou um pouco as coisas. Ele comparou a incidência da doença em descendentes de japoneses e de africanos que vivem nos EUA, e com japoneses e nigerianos que ainda vivem em seus respectivos países. Ele encontrou uma incidência da doença da ordem de 4,1 para os descendentes de japoneses que vivem na América, contra apenas 1,8 de japoneses do Japão. Os afro-americanos vão mais longe: 6,2 desenvolvem a doença, enquanto apenas 1,4 dos nigerianos são atingidos por ela. Hábitos alimentares?
Stress das pressões do Primeiro Mundo?
Mas o Japão não é Primeiro Mundo?
Não tem stress?
A alimentação parece ser sem dúvida um elo nessa corrente, e mais ainda o alumínio. Segundo algumas pesquisas, a incidência de alumínio encontrada nos cérebros de portadores da doença é assustadoramente alta.
Pesquisas feitas na Austrália e em alguns países da Europa mostraram que, em ratos alimentados com uma dieta rica, o sulfato de alumínio (comumente colocado na água potável para matar bactérias) danificou os cérebros dos roedores de forma muito similar à causada nos humanos pelo Alzheimer.
Pesquisas do Dr. Joseph Sobel, da Universidade da Califórnia do Sul, mostraram que a incidência da doença é três vezes maior em pessoas expostas à radiação elétrica (trabalhadores que ficavam próximos a redes de alta tensão ou a máquinas elétricas).
Mas não param por aí as pesquisas, que apontam a arma em todas as direções.
Porém, a que mais me chocou e me motivou a fazer minhas próprias elucubrações foi o estudo das freiras.
Esse estudo, citado no livro A Saúde Do Cérebro, do Dr. Robert Goldman, Ed. Campus, foi feito pelo Dr. Snowdon, da Universidade de Kentucky. Eles estudaram 700 freiras do convento de Notre Dame. Na verdade, eles leram e analisaram as redações autobiográficas que cada freira era obrigada a escrever logo ao entrar na ordem. Isso ocorria quando elas tinham em média 20 anos.
Essas freiras (um dos grupos mais homogêneos possíveis, o que reduz muito as variáveis que deveriam ser controladas) foram examinadas regularmente e seus cérebros investigados após suas mortes.
O que se constatou foi surpreendente. As que melhor se saíram nos testes cognitivos e nas redações - em termos de clareza de raciocínio, objetividade vocabulário, capacidade de expressar suas idéias, mesmo apresentando os acidentes neurológicos típicos do Alzheimer (placas e massas fibrosas de tecido morto) - não desenvolveram a demência característica da doença.
Ou seja, elas tinham as mesmas seqüelas que as outras freiras com Alzheimer diagnosticado (e que tiveram baixos escores em testes cognitivos e na redação), mas não os sintomas clássicos, como os do meu pai.
A minha interpretação de tudo isso: não temos muito como controlar todos os fatores de risco apontados como vilões - alimentação, pressão alta, contaminação ambiental, stress, e a genética (por enquanto).
Mas podemos colocar o nosso cérebro para trabalhar.
Como?
Lendo muito, escrevendo, buscando a clareza das idéias, criando novos circuitos neurais que venham a substituir os afetados pela idade e pela vida 'bandida'.

Meu conselho: não sejam infalíveis como o meu pobre pai, não cheguem ao topo nunca, pois dali, só há um caminho: descer. Inventem novos desafios, façam palavras cruzadas, forcem a memória, não só com drogas (não nego a sua eficácia, principalmente as nootrópicas), mas correndo atrás dos vazios e lapsos.
Eu não sossego enquanto não lembro do nome de algum velho conhecido, ou de uma localidade onde estive há trinta anos. Leiam e se empenhem em entender o que está escrito, e aprendam outra língua, mesmo aos sessenta anos.
Não existem estudos provando que o Alzheimer é a moléstia preferida dos arrogantes, autoritários e auto-suficientes, mas a minha experiência mostra que pode haver alguma coisa nesse mato.
Coloquem a palavra FELICIDADE no topo da sua lista de prioridades: 7 de cada 10 doentes nunca ligaram para essas 'bobagens' e viveram vidas medíocres e infelizes - muitos nem mesmo tinham consciência disso.
Mantenha-se interessado no mundo, nas pessoas, no futuro. Invente novas receitas, experimente (não gosta de ir para a cozinha? (Hum... preocupante..)
Lute, lute sempre, por uma causa, por um ideal, pela felicidade.
Parodiando Maiakovski, que disse 'melhor morrer de vodca do que de tédio', eu digo: melhor morrer lutando o bom combate do que ter a personalidade roubada pelo Alzheimer.

Dicas para escapar do Alzheimer:
Uma descoberta dentro da Neurociência vem revelar que o cérebro mantém a capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas conexões.
Os autores desta descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), revelam que NEURÓBICA, a 'aeróbica dos neurônios', é uma nova forma de exercício cerebral projetada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões de atividades dos neurônios em seu cérebro.
Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso: limitam o cérebro.
Para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios 'cerebrais' que fazem as pessoas pensarem somente no que estão fazendo, concentrando-se na tarefa.
O desafio da NEURÓBICA é fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um trabalho
adicional.

Tente fazer um teste:
- use o relógio de pulso no braço direito;
- escove os dentes com a mão contrária da de costume;
- ande pela casa de trás para frente; (vi na China o pessoal treinando isso num parque);
- vista-se de olhos fechados;
- estimule o paladar, coma coisas diferentes;
- veja fotos de cabeça para baixo;
- veja as horas num espelho;
- faça um novo caminho para ir ao trabalho.
A proposta é mudar o comportamento rotineiro.
Tente, faça alguma coisa diferente com seu outro lado e estimule o seu cérebro.
Vale a pena tentar!
Que tal começar a praticar agora, trocando o mouse de lado?
Que tal começar agora enviando esta mensagem, usando o mouse com a mão esquerda?!

Wednesday, July 11, 2007

Memória

Tratado sobre Psicologia

Luiz Antônio Henrique

Tema de hoje - Memória

Cabeça vazia é oficina do diabo. Este é um refrão popular mas que tem
muito de ciência. Com muitas pessoas com quem tenho conversado
ultimamente, e que estão acima dos 40 anos, confirmam que ficar parado
não é bom nem para o corpo e nem para a cabeça. Ao que tudo indica, os
mais jovens desde os infantis com os brinquedos e os moços impregnados
com o instinto da reprodução da espécie, tem pouco desses problemas.

É relativamente fácil de se entender esse fenômeno psíquico. Quando
não estamos usando a Consciência em algum trabalho, estudo ou lazer, a
nossa cabeça que não pode ficar parada - nem quando estamos dormindo -
da chances para que a Memoria invada a área do Consciente. Essas
recordações podem ser desde simples devaneios - sonhar acordada - como
também a recordação de momentos que se transformaram em traumas, de
acordo com a grau de gravidade de cada um.

Recordações de momentos traumáticos, vem para o nosso consciente
quando este não esta ocupado com coisas mais importantes. A tendência
de nossa mente ficar remoendo lembranças de pontos mais dolorosos,
justifica-se porque a nossa razão fica cobrando soluções de problemas
não resolvidos. por isso, fica questionando os motivos daqueles
momentos traumáticos, com perguntas do tipo: a)Porque aquilo aconteceu
?

b)- Onde foi que eu errei ?

c)- Porque fizeram aquilo comigo ?

d)- Porque me deixei levar ?

e)- E se eu tivesse agido de forma diferente ?

Enfim, os questionamentos acontecem porque a nossa razão exige
explicações, para que tal problema não se repita. Estudamos historia
parta não errar novamente. Isso, faz parte da nossa aprendizagem afim
de que possamos sobreviver. Os animais tidos como irracionais fazem a
mesma coisa. Ou aprendem a evitar problemas reconhecendo o perigo ou
não conseguirão sobreviver.

Mas, não são apenas problemas ou lembranças dolorosas que ficam
registrados em nossa Memoria. Claro que tem de haver também,
lembranças agradáveis e que gostaríamos que acontecem novamente.
Quando encontrados pessoas gentis pelo nosso caminho, temos a
lembrança e o reconhecimento que essa pessoa é boa e nos trata bem e
na qual podemos confiar.

Quando encontramos pessoas que nos fazem lembrar problemas, então
tentamos nos desviar dela. Também existem outras tantas figuras que
não nos fazem lembrar de nada, e então apenas as ignoramos.

Poderíamos dizer que, a um cérebro normal de uma pessoa, mesmo que a
Memoria seja dolorosa, persistente ou traumática, jamais poderemos nos
livrar dela. Se as recordações afloraram para o Consciente, então o
melhor que se poder[a fazer é tratar de cada caso. Seria de bom
conselho dizer que se a Memoria cobra exigindo soluções, então essas
soluções tem de ser conseguidas, ate mesmo com ajuda de profissionais
competentes, que podem nos ajudar na busca dessas soluções.

Vamos ver este caso: - Uma mãe de 40 anos, perde o seu filho de 18
anos, que fora covardemente assassinado pôr ladroes de motos. A dor
dessa mulher pode ser tão grande que ela não consegue resistir a tanta
pressão em sua cabeça, e ela, inadvertidamente, tenta o suicídio
cortando os seus pulsos com uma faca de cozinha. Imediatamente, é
socorrida pôr familiares que a levam para o PS do hospital mais
próximo. Felizmente ela errara o corte e tem alta desse hospital 5
dias depois. Volta para a sua casa em calamitoso estado psíquico.

Como poderíamos entender um choque de tanta gravidade na cabeça dessa
mãe ? Nos meses que se seguem, em semi estado de choque, ela apenas
respira, se alimenta, se higieniza e dorme na base de calmantes. Os
bandidos não mataram apenas o seu filho. Ela também se sente
assassinada.

Um trauma desse tipo, se a pessoa se cuidar bem, pode ter recuperações
depois de passados cerca de 5 anos do acontecimento. Mas, jamais essa
mulher voltará a ser a mesma. Sua Memoria remoerá lembranças pelo
resto da sua vida, tentando encontrar soluções, mas que tipo de
solução poderá haver para um caso destes ? Ela sempre será uma pessoa
distante, que quase não acha graça em mais nada, que ri muito pouco, e
que as vezes finge não ser tão triste disfarçando a sua amargura
crônica.

Mas Deus quando nos criou, Sabia que estas coisas podem acontecer e
pôr isso acontecem. Sem que essa mãe infeliz saiba, com o passar do
tempo - ninguem pode precisar quanto tempo - a sua mente vai tendo
melhoras, a seu cérebro, aos poucos vai cobrindo essa Memoria
dolorosa, diminuindo o nível da gravidade, diminuindo mais até atingir
um ponto de quase insignificância.

Talvez um dia, a ciência através de um sistema de micro-lipoaspiraçáo,
possa remover os neurônios traumatizados de uma pessoa, que se
envolveu num forte drama. Uma técnica cirúrgica especializada para
tratar de memorais "pesados".

Enquanto isso não acontece, o melhor de tudo, seria entrar nessas
religiões que prometem o Céu e o reencontro com familiares junto a
Deus.


Fala o Pai do Existencialismo Jean-Paul Sartre 1905-1980


Sartre é um existencialista ateu. Segundo Sartre, o homem está
abandonado; Deus não existe e, para Sartre, a não-existência de Deus
tem implicações extremadas. Aliás, alguns dos problemas principais que
se levantam do abandono parecem também levantar-se meramente do fato
de nós não podermos saber se Deus existe. Se Deus realmente existe,
nós "não estamos abandonados". O problema do abandono levanta-se
meramente do fato de nós não podermos saber se Deus existe. Sua
existência em tais condições eqüivale, para Sartre, em uma
não-existência efetiva, que tem implicações drásticas. Primeiro,
porque não há Deus, não há nenhum criador do homem e nem tal coisa
como um concepção divina do homem de acordo com a qual o homem foi
criado. Segundo, diz ele, louvando-se em Dostoiévski (na fala de Ivan
Karamazov, na famosa novela daquele escritor russo): Se Deus não
existe, então tudo é permitido. Terceiro, "Não há um sentido ou
propósito último inerente à vida humana; a vida é absurda".


Isto significa que o indivíduo, foi jogado de fato na existência sem
nenhuma razão real para ser. "Simplesmente descobrimos que existimos e
temos então de decidir o que fazer de nós mesmos.".


Resta como o único valor para o existencialismo ateu a liberdade.
Afirma que não pode haver uma justificativa objetiva para qualquer
outro valor.


Porque não há nenhum Deus, não há nenhum padrão objetivo dos valores.
Com o desaparecimento dele desaparece também toda possibilidade de
encontrar valores. Não pode então haver qualquer bem a priori porque
se nós não sabemos se Deus existe, então nós não sabemos se há alguma
razão final porque as coisas acontecem da maneira que acontecem; não
há nenhuma razão final porque qualquer coisa tenha acontecido ou
porque as coisas são da maneira que elas são e não de alguma outra
maneira e nós não sabemos se aqueles valores que acreditamos que estão
baseados em Deus têm realmente validade objetiva. Consequentemente,
porque um mundo sem Deus não tem valores objetivos, nós devemos
estabelecer ou inventar, a partir da liberdade, nossos próprios
valores particulares. Na verdade, mesmo se nós soubéssemos que Deus
existe e aceitássemos que os valores devessem basear-se em Deus, nós
ainda poderíamos não saber que valores estariam baseados em Deus, nós
poderíamos ainda assim não saber quais seriam os critérios e os
padrões absolutos do certo e do errado. E mesmo se nós sabemos quais
são os padrões do certo e do errado (critérios), exatamente o que
significam ainda seria matéria da interpretação subjetiva. E assim o
dilema humano que resultaria poderia ser muitíssimo o mesmo como se
não houvesse Deus.

"Não importa o que o Mundo fez com você. O mais importante agora, é
saber o que voce faz com o que o Mundo fez com voce. "

Jean-Paul Sartre 1905-1908 (filosofo francês)

Regras para resolver problemas de traumas.

Tratado sobre Psicologia

Luiz Antônio Henrique

Tema de hoje - Regras para resolver problemas de traumas.

Os traumas se instalam a partir de ocorrências muito dolorosas, sejam
elas psíquicas ou físicas. Neste nosso caso, estaremos falando dos
traumas psíquicos. O trauma psíquico se instala a partir de fortes
dramas emocionais, pelos quais uma pessoa tem de passar. Estes dramas
podem ter múltiplas origens, como pôr exemplo, uma pessoa que é vitima
de seqüestro e que tem de conviver alguns dias, nas mãos dos bandidos
seqüestradores. Então a vitima tem de suportar a expectativa de ser
assassinada, a angustia de não saber o que esta acontecendo fora do
seu cativeiro, a má alimentação, a falta de higiene, e muitas vezes
até o espancamento. Nessa situação, as horas não passam, e milhares de
maus pensamentos afloram para a cabeça do seqüestrado. Ataques de
revolta e tentativas de reagir com violência são idealizados , mas no
fim, a pessoa acaba pôr resignar-se com a sua sorte e apenas esperar.
Essa situação, para algumas pessoas seqüestradas, duram até meses.

Se acontecer da pessoa ser libertada pelos bandidos, certamente nos
dias que viram a sua frente, o assunto será sempre em torno desse
tema, e possivelmente será lembrado pelo resto da vida. Quem bate
esquece mas quem apanha nunca esquece.

Mas, para sobreviver com mais conforto ao período descendente de todo
o seu sofrimento, que se transforma em cronico mal estar, seria bom
seguir estas regras simples e que seria, de certa forma, os melhores
conselhos e razão lógica, para ponderar os fatos e não deixar a cabeça
girando em torno de si mesma, como o cachorro que gira em torno de si,
na tentativa de pegar o próprio rabo :

Não tenha pressa de resolver o problema registrado na sua memória, e
que certamente, ali permanecerá pelo resto de sua vida.
Procure aceitar a si mesmo, como uma nova pessoa que nasceu a partir
do momento em que o drama acabou. Seria inútil qualquer tentativa de
esquecer o doloroso passado, o melhor de tudo é aprender a conviver
com a sua "nova" cabeça.
Se o seu mal tiver sido provocado pôr pessoas, esqueça qualquer ideia
de vingança, pois isso não traria bons resultados e você apenas
estaria alimentando o ódio, o rancor e a angustia instalada em sua
cabeça. Nem sequer pense em perdoar os seus agressores, o melhor de
tudo é colocar a situação como algo irreal e que jamais aconteceu de
verdade. O nosso passado é apenas um sonho. Nesse caso, teria
acontecido realmente ? O futuro é também um ilusão pois nem sequer
podemos ter certezas de que virão mesmo.
Demorará tempo até voce aprender a conviver com a sua nova cabeça. O
novo "cérebro" passará pôr períodos de "rejeição" e isso nunca
acontece a curto prazo. A aceitação de uma nova cabeça, pode demorar
até 5 anos, mas é muito difícil precisar esse tempo. Nas pessoas mais
jovens, a reação aos males sofridos costuma ser mais breves de que em
pessoas mais adultas e idosos. Idosos as vezes nem resistem mais a
fortes dramas, se for o caso de já serem doentes. Chamamos de novo
cérebro, porque as suas idéias não poderão mais ser as mesmas depois
que o trauma se instala. Voce deverá reexaminar todas as suas
convicções afim de fazer uma espécie de reforma geral no seu modo
peculiar de enfrentar a vida.
Pôr fim, o que é mais importante de tudo é a vida e estamos agora
falando da SUA vida. A sua vida é uma graça Divina que jamais se
repetira em toda a eternidade. A chance de viver é uma só.
Não fique parado a espera de milagres, Os milagres não acontecem a
menos que a gente faça algo para eles acontecerem. Tudo é produto da
nossa inteligência, imaginação, capacidade criativa e esforços no bom
sentido.
Afaste-se de vícios nocivos. Certas amizades também podem ser nocivas.
Agora, comece a ser mais exigente no seu processo de seleção.
Nunca use drogas (analgésicos, entorpecentes, barbitúricos, álcool, e
drogas mais pesadas). Procure melhorar os seus conhecimentos em prol
da correta nutrição. Faça ginasticas e educação física e mental.
Relaxe. Assista mais filmes. Pratique esportes ao ar livre. Fique mais
perto de crianças. Ame e acima de tudo, ame-se.
Procure ficar mais perto de Deus e da Natureza. Aproveite no máximo os
direitos que voce tem perante a vida. Use todas as graças e dons
Divinos existentes dentro de voce.
E pôr ultimo, apenas queremos dizer que não há ultimo. Jamais
saberemos qual vai ser a nossa ultima ação, pois não pode haver ultimo
gesto naquilo que não tem fim. Creia firmemente na existência da alma.
Antes de voce nascer, onde estava a sua alma ? - Certamente a sua alma
estava dentro do Universo das Graças de Deus, o Criador da Vida.
Apenas somos chamados para esta vida, porque Deus assim acha que deva
ser. Temos de crer na Benignidade Divina. O mal é uma coisa muito
antiga, que vem até antes de Deus criar a Vida. O mal é as trevas. Pôr
isso, Deus Criador de tudo, fez as estrelas, para dar graça ao
infinito manto negro do espaço. Também Deus fez os Planetas, dos
quais, um deles é esta Maravilhosa Terra, azul com mechas brancas que
gira em torno do Sol. Se voce conseguir entender e desenvolver esta
linha de pensamentos, poderá ter a alma tão grande que o maior dos
problemas, não parecerá mais de que um pontinho insignificante. Repare
mais nas crianças e veja como elas são alegres, cheias de vida de
graça e encantamentos. Deixe-se se encantar também e veras que estes
bons fluidos pode expulsar até com relativa facilidade, todos os
fluidos negativos que podem te perturbar. Então, qualquer tipo de
trauma pode ser superado, basta querer, agir e dar tempo ao tempo.

Thursday, July 05, 2007

Depressão Bipolar

Depressão Bipolar

Luiz Antônio Henrique


Depressão Bipolar. Como a própria expressão esta sugerindo, trata-se
de um mal que tem 2 pólos. Provavelmente uma de origem patológica e
outra psicológica.

E ainda, poderíamos diagnosticar com outras subdivisões das origens
patológicas e psicológicas.

- Psicológica - Teria origem ou causas diversas como a solidão,
carências afetivas, memória com passagens traumáticas e outras formas
de frustrações que ferem os sentimentos.


Patológica - Suas origens poderia ser provocadas pôr alguns tipos de
doenças, em que a pessoa não estaria com a saúde em nível razoável,
teria problemas provocados pelo diabetes, má alimentação, fadiga
física e mental e outras doenças que afetariam o animo e boa
disposição.

Mas, na maioria dos casos, nenhuma pessoa teve a sua vida, sempre
atacada pela depressão. Procurando pela memória, facilmente
encontraremos passagens em nossa vida em que, a boa disposição, as
poderosas forças do bom animo, aliadas a uma saúde física e mental dos
melhores níveis, levou-nos a momentos extremamente agradáveis, alegres
e felizes.

Então hoje, não mais estando nesse alto astral, provocados pôr uma
serie de acontecimentos indesejáveis, sentimos como um todo, uma
espécie de profunda tristeza e que modernamente, traduzimos como
depressão e como forma mais especifica de depressão Bipolar.

Certamente aconteceram coisas em nossa vida, que nos arrastou para
esse estado desagradável e até com sabor de morte. Essa horrível
sensação nos assusta e faz com que procuremos pôr socorro. Mas, sem
perder a Calma e não se deixando influenciar pelo pânico, podemos de
maneira um tanto fria, tentar analisar o que estaria acontecendo. Na
maioria dos casos, o que vem provocar esse estado depressivo, é a
ausência de acontecimentos agradáveis. A vida, sem que ninguem assim o
desejasse, entrou num labirinto de chateações, monotonia, diversos
tipos de carência (inclusive e principalmente a afetiva e amorosa) que
ameaçam destruir até a nossa alma, e vontade de cair prostrados em uma
cama.

Lá bem fundo da nossa alma, ou movidos pelo instinto de sobrevivência,
uma voz clama pela nossa reação, pois alguma coisa precisa ser feita e
urgente. Apesar de ser tênue a chama que alimenta a vida, os
incentivos e estímulos da esperança, seriam de momento, as únicas mãos
que vem em nosso socorro. Se entramos nesse fosso temos que saber
sair, tem de haver uma saída.

A Depressão a semelhança de doenças oportunistas, nos ataca com tudo
no momento em que estamos fracos ou com baixas resistências ao mal.
Mas porque estaríamos fracos ? Porque chegamos a esse ponto critico ?
A Depressão não pode nos atacar sem causas especificas. Temos de
checar o nosso sistema de vida nas ultimas semanas ou últimos meses.
Temos de verificar se estamos nos alimentando de forma correta, ou
seja com todos os nutrientes de que o corpo e o cérebro precisam. A
simples falta de alguma vitamina, sal mineral, proteínas, gorduras e
Carboidratos, podem nos levar ao estado da debilidade. Se este estado
de fraqueza provocado pela subnutrição, estiver aliado a excessos de
esforços físicos e mental, então BINGO ! - Estão ai as principais
causas da depressão. Não estamos incluindo aqui, problemas de
depressão provocados pôr doenças que se enquadrem na patologia. Nesses
casos, é necessário o acompanhamento medico. Pôr exemplo, o diabetes
pode levar inclusive a depressão porque a pessoa passa a não ter um
bom sistema de suprimento das energias

Não pode haver uma pessoa suficientemente bem alimentada e bem
descansada que possa ter os sintomas de depressão. Outro fator
poderoso seriam as boas noites de sono. Nada pode nos aproximar mais
da morte de que o fato de não ter boas noites de sono de forma
seguida. Clinicamente, sabemos que uma pessoa não pode resistir a 15
dias de insônia seguidos. Passados os 15 dias sem dormir, a pessoa
entra em coma seguida de morte.

Pensamos que seriam estes os verdadeiros e seguros caminhos de combate
a depressão:

Alimentar-se corretamente com todos os nutrientes necessários a boa saúde.
Ter as suficientes horas de descanso para evitar a fadiga e a exaustão.
Não dispensar os exercícios físicos moderados de acordo com o seu tipo
de pessoa.
Se o problema for afetivo, trate de se movimentar mais nesse sentido.
Desenvolva a autoestima, procure sempre se vestir da forma que mais
lhe agrade, procure novas amizades e conserve as que já existem.
Procure um novo amor. Nada pode ser mais antidepressivo de que as
poderosas forças do amor. Todos nos temos direitos a ele.

Em principio, a Depressão parece ser uma mal adquirido nos últimos
tempos de nossa vida. Porque entramos nesse buraco ? Agora, como sair
dele ? Se caímos num buraco, como qualquer outro animal, certamente
houve descuidos de nossa parte. Erramos. Mas um erro pode ser
corrigido. Bastaria olhar mais atentamente para o nosso comportamento
do dia-a-dia. O que estamos fazendo de errado ou deixando de fazer ?

Errar é humano, mas corrigir os erros é Sublime.

MEMORIA

Tratado sobre Psicologia

Luiz Antônio Henrique




Memória para que te quero

Imaginamos que tudo que tem na nossa cabeça, em forma de pensamento,
deve ser para o nosso próprio bem. Poderia a nossa própria mente,
estar contra nós em algum momento ?

Um computador tem o seu sistema de processamento de dados, feitos a
semelhança do cérebro humano. No Computador, existe um banco de dados
(memória) onde são armazenadas as informações. Quando se pretende
processar esses dados, para se obter uma resposta final, ou para
verificar resultados de algum questionamento, os computadores
inteligentes tem o seu sistema acionado (logicamente dentro do que já
fora programado) afim de buscar algumas respostas de perguntas
predeterminada. No computador, se o que se busca, não houver
possibilidade de processamento, devido a insuficiência dos dados,
então a maquina não dará respostas, o que é óbvio, já que maquinas não
são capazes de criar e nem inventar informações e nem resultados.

No cérebro humano algo muito parecido pode acontecer. Quando a nossa
memória fica latente ou repetitiva, querendo analisar detalhes de
fatos ocorridos, é porque no passado, houve problemas não
solucionados. A nossa mente tem pôr costume, trazer acontecimentos
registrados na memória, para a nossa central de associação de idéias e
para a consciência, tentando encontrar respostas daqueles velhos
problemas ainda não solucionados desde o seu surgimento. Podem ser
traduzidos como duvidas constantes em nosso cérebro.

Muitas vezes, estamos dentro de uma nebulosa de acontecimentos, que se
transformaram em traumas. Esses traumas são problemas que requerem
soluções e de nada adianta gesticular a cabeça tentando se livrar
deles.

As perguntas mais freqüentes são sempre as mesmas :

Porque aquilo aconteceu ?
Onde foi que eu errei ? Porque errei daquela maneira?
Porque fizeram aquilo comigo ?
Quem foi o principal agente ?
Quando foi que essas coisas aconteceram ?
Como aconteceu tudo aquilo ?
Onde aconteceu isso ?
O questionamento gira sempre em torno da mesma gama de perguntas: O
que, quem, como, onde, quando e porque aconteceram aqueles fatos.
Principalmente em se tratando de acontecimentos muito dolorosos (e pôr
isso importantes)em nossa vida, e que precisam ser analisados através
de julgamentos meticulosos, para que não hajam mais duvidas a serem
esclarecidas. Mas se esses problemas forem muito longos e complexos,
se houver muita dificuldade de se aprofundar nas lembranças, se ainda,
houver muitos pontos duvidosos, então a questão não poderá ser
resolvida. Mas se a questão não é resolvida, então o cérebro poderá
trazer tudo a tona novamente e de forma constante, até o fim das
nossas vidas, como problema não solucionado.

Nesse caso trata-se de uma memória patológica.

Existe um membrana que separa a memória da consciência e dados da
memória, podem vir para a Consciência de forma voluntária ou
involuntária. Mas se a pessoa for acometida de um grande susto, um
forte choque emocional, essa membrana pode se romper ou ficar
danificada, e então a pessoa perde grande parte dessa membrana
protetora, e passará a ter maiores dificuldades em controlar a sua
própria cabeça.

A memória patológica pode ficar forte demais, começa a ter poderes de
esporadicamente, invadir a consciência deixando o indivíduo apenas
entregue ao seu próprio mundo de pensamentos e imaginações. Esta
patologia pode ser de maior e de menor grau de importância e
intensidade. Num estado mais agudo a pessoa nem poderá estudar e
trabalhar ficando quase que totalmente entregue a sua memória. Cria-se
aquele quadro de taciturno mórbido.

O problema maior, é a memória patológica ficar sempre girando em torno
de si mesma ( daí o costume popular de se dizer que a pessoa ficou
gira ou louca).

Cérebro cansado ou mal alimentado

Como qualquer outro órgão de nosso corpo, o cérebro para funcionar
bem, precisa estar saudável. Para que o cérebro esteja sempre
saudável, é necessário que seja bem alimentado (sangue limpo,
suficientemente oxigenado e rico em nutrientes) e acima de tudo,
suficientemente descansado com boas noites de sono alem de se manter
com trabalhos mentais moderados, para que se evite a exaustão.

O uso de drogas consideradas leves como o tabaco e o álcool, e ainda
pior, as chamadas drogas pesadas, como a maconha, cocaína e crack e o
exstasy ( pôr exemplos) podem trazer muito mais problemas a mente. Um
cérebro intoxicado é um órgão doente, incapaz de funcionar dentro das
suas funções benignas, e dessa forma, o indivíduo não poderá agir de
forma correta.

Agora com o cérebro patológico, os erros irão se somar e multiplicar.
A nossa Sociedade não quer saber se o indivíduo agiu de certa forma,
porque estava sob os efeitos de drogas ou com o cérebro cansado ou mal
alimentado, ou ainda, a somatória de todos. A Sociedade julga o
indivíduo pelos seus atos. Se esses atos forem incompatíveis com os
ditames sociais ou órgão social, então a pessoa receberá punições
pelos seus erros. A punição (ou vingança que não leva a nada) muitas
vezes, é mil vezes pior de que o próprio erro.

Muitas das nebulosas e confusões em nossa mente, podem ser provocadas
a posteriori, devido a essas circunstancias. OU seja, a pessoa agiu de
certa forma, cometendo erros até absurdos, enquanto estava sofrendo de
um cérebro patológico. Quando, muito tempo depois, a pessoa em sã
consciência, tentar recordar o passado e tentar analisar a sua vida,
marcada pôr sucessivos erros e pôr isso, causadora de tormentos
traumáticos, é claro que entrará numa nebulosa de recordações
dolorosas e agora, absolutamente sem soluções.

É que se costuma chamar de remorsos.

Ora, se o cérebro quer ficar ruminado os remorsos, pois que fique.
Certamente com o tempo, acabará se cansando e trocará de disco.

A nossa cabeça nunca estará contra nós, a menos que esteja doente. Pôr
isso, o melhor de tudo, sempre será os cuidados com ela. Para se
manter um cérebro sadio, como outro órgão qualquer, é preciso a boa
alimentação, o correto exercício físico e o necessário descanso. Nada
pode ser pior e nem mais perigoso de que um cérebro cansado.

Muitas vezes os nossos erros foram gravados numa época em que a cabeça
não andava boa. Os erros ficam registrados em nossa memória para que
não mais sejam cometidos. Passam a ser placas de sinalização.

Não é apenas a fadiga, o uso de drogas e a má alimentação, a principal
fonte do cérebro patológico. Más companhias também podem influenciar
negativamente a nossa capacidade de julgamentos e decisão.

A Sociedade não perdoa quem é vitima de injustiças.

Até a nossa própria mente, parece não querer perdoar muitos dos nossos
erros. Nada pode ser pior de que inúteis sentimentos de culpa. A
psicologia sabe disso.

Em cima de tudo isso, para o nosso pobre cérebro, podem haver pressões
sociais de todos os tipos e fontes diversas. Uma das piores pressões
cerebrais já seria a própria pobreza, como um peso a mais em cima de
nossa consciência diária. Os desencontros amorosos. As injustiças. A
poderosa pressão dos patrões em cima dos empregados. Enfim, haja
cérebro !

E pensar que Deus nos dotou com um cérebro com apenas de 100 Bilhões
de Neurônios.

Não poderíamos deixar de lado, a Síndrome do Raul Seixas quando disse:
" Tento sair da nebulosa em que me encontro, e para isso, busco
aprender mais. E então encontro dois monstros digladiando entre si: A
alma e o instinto."

E finalizando este ensaio, queremos apenas deixar mais um comentário a
respeito da memória em circulo vicioso: Ao que tudo indica, dentro do
Universo dos nossos remoinhos de lembranças, quando analisamos e
reavaliamos alguns fatos em nossa vida, e que estejam de forma
consistente registrados em nossa memória, na maioria das vezes, parece
que estamos querendo nos consolar com a absolvição dos nossos erros
(pecados) cometidos na época. Isso é sinal de autoestima e não pode
ser classificada como uma má intenção. O principal de tudo, é a gente
sempre se conservar em estado de amor próprio, porque pode trazer bons
fluidos a nossa mente.

Como disse a nossa colega Dra. Ivone Carvalho (psicóloga terapeuta) :
" Prefiro enfrentar o Mundo com a minha consciência de que enfrentar a
minha consciência pôr causa do Mundo. "

suicidio

Suicídio de jovens aumenta 1.000%

Especialistas reunidos em congresso de suicidologia ressaltam que, apesar do crescimento, é possível evitar as mortes

PATRICIA GIUDICE

O número de suicídios cometidos por homens jovens, com idades entre 15 e 25 anos, aumentou mais de 1.000% nos últimos dez anos no mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). O Brasil está entre os dez países que mais notificam o problema e também seguiu a mesma tendência de crescimento. Em 2002, foram registradas 1.600 mortes desse tipo no país, só de jovens.

Apesar do crescimento, especialistas reunidos no 2º Congresso de Suicidologia da América Latina e Caribe, que acontece em Belo Horizonte, ressaltam que é possível prevenir o suicídio. O modo de vida moderno - com poucos laços afetivos e a falta de uma referência familiar - é, para a presidente da Associação de Suicidologia da América Latina e do Caribe (Asulac), Silvia Peláez, o principal fator de risco que pode estar levando a esse aumento. "A modernidade não estimula a integração, a convivência e dá como valores referenciais o consumo. O pai trata os jovens como criança e isso provoca angústias", afirmou Silvia.

Segundo o coordenador do Departamento de Saúde Mental em Genebra da OMS, José Manoel Bertolote, não há uma resposta única para o problema. "É possível que a modernidade, o consumismo sejam fatores que desencadeiam esse aumento. Mas vemos um maior acesso a armas de fogo, um aumento da demanda de doentes mentais que não são tratados e muitos casos de depressão", afirmou o especialista. Segundo ele, o consumo de álcool e drogas também são fatores de risco para o suicídio.

"É um problema de saúde mental, que a pessoa comete em um ato de desespero. É preciso divulgar que tem prevenção", disse Bertolote. Para a psicóloga Marília de Freitas Aguar, especialista em saúde da criança e do adolescente, o aumento das tentativas de suicídio entre jovens assusta. "Os dados ainda são subnotificados, mas o mais importante é aumentar a prevenção. O suicídio é um evento multifatorial, mas vemos que acontece com jovens que estão em um rede social frágil, com tendência a depressão", afirmou.

Segundo Marília, é fundamental que a família perceba o que está acontecendo de errado. "Hoje a gente acredita que 100% dos suicídios são anunciados. São falas, atitudes que as pessoas próximas não consideram. Existe uma certa dificuldade para a família em ver isso, não é por maldade", explicou a psicóloga.

Vítima
A jovem Ester, 19, tentou suicídio mais de uma vez. Ela conta que deu várias dicas à sua família de que sua vida estava por um triz, mas a situação só melhorou depois que ela foi parar no hospital. Não saber lidar com a crise existencial própria da adolescência desencadeou o problema. "Tinha um pensamento fixo de aniquilar minha vida, usei drogas e isso favoreceu muito para eu tentar me matar. Eu batia em mim mesma, usava muitos antidepressivos, tentei me jogar na frente de um ônibus, até eu ingerir uma quantidade muito grande de remédios e ir parar no hospital", conta.

A tentativa foi frustrada e valeu para que a estudante "acordasse para a vida". "Foi muito ruim quando vi todo mundo chorando, mas serviu para que minha família acordasse também e percebesse o momento que eu estava passando. Caí na real que eu estava totalmente errada e que precisava enfrentar uma vida nova. Tinha somente pensamentos negativos. Acho que só perceberam mesmo quando fui parar no hospital. Eu precisava somente da minha família, unida. Sabia que estava errada, mas não tinha forças para sair daquilo sozinha", disse a estudante que agora, recuperada, está sonhando com seu futuro.

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Serviço de apoio irá atender familiares e amigos

Durante o 2º Congresso de Suicidologia da América Latina e Caribe e 5ª Jornada de Suicidologia do Mercosul, que acontece em Belo Horizonte até o próximo dia 30, será lançado um serviço de apoio aos sobreviventes, como são chamados os familiares ou amigos das pessoas que cometeram o suicídio. O ambulatório de apoio deve começar a funcionar no próximo semestre e, segundo a psicóloga e presidente do grupo Apoio a Perdas Irreparáveis (API), Gláucia Rezende Tavares, a idéia é proporcionar amparo.

"Essas pessoas se sentem muito machucadas com a perda e com a decisão do outro de não querer mais estar presente. Temos uma cultura que tende a estimular muito a culpa, por isso é preciso a criação de redes de amparo e apoio. Uma dor que possa ser expressada é melhor assimilada", explicou. No grupo de amparo haverá ajuda psicológica e compartilhamento das experiências.

"Quando elas conseguem se agrupar com outras semelhantes, que passaram pelo mesmo tipo de problema, ela se sentem mais amparadas", afirmou. A primeira dificuldade para a família, segundo Gláucia, é admitir que a morte aconteceu por escolha. "Ainda há um mito de que, se isso for dito, será induzido. As pessoas têm medo de que isso volte a repetir", disse. (PG)

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Até 60% das vítimas procuraram médico

No final do ano passado o Ministério da Saúde entregou para médicos um manual para melhorar a identificação de potenciais suicidas. A intenção é fazer com que esses médicos e as equipes de enfermeiros melhorem a comunicação com os pacientes e possam identificar quem tem algum tipo de problema, como depressão, que possa levar ao suicídio. Segundo o manual, entre 40% e 60% das pessoas que promoveram o auto-extermínio consultaram um médico no mês anterior à morte. Grande parte procurou um clínico geral.

"A identificação é importante porque essa pessoa já deveria ter sinais da intenção de se suicidar ou indícios de uma doença mental", informou o coordenador do departamento de Saúde Mental em Genebra da Organização Mundial de Saúde (OMS), José Manoel Bertolote. Para ele, o atendimento feito por um clínico no Brasil tem o tempo limitado, o que dificulta a investigação dos fatores de risco para o suicídio.

"A pessoa chega ao consultório com depressão, febre e tosse. O clínico acaba identificando a febre e a tosse porque não é treinado para fazer mais que isso. Nossa expectativa é que o quadro mude com a entrega dos manuais", afirmou Bertolote. Para sair do risco de cometer um suicídio, segundo o coordenador da OMS, é preciso o apoio da família, mas também do próprio indivíduo.

"A pessoa tem que saber reconhecer se ela tem uma dor emocional. A maioria das doenças mentais têm tratamento e, se não a cura total, têm melhoria de 90%. Se ela está tão mal que não consegue enxergar, a família e também os colegas de trabalho precisam ajudar", disse Bertolote. (PG)

http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdNoticia=50272

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]

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